novembro 25, 2007

noite de boas conclusões

"as mulheres não se medem aos palmos"

não fui eu!

"E os shot's, caralho?"

novembro 20, 2007

super mulheres

A vida tem uma incontrolável capacidade de ser injusta.

Paramos no tempo.
Tudo fica cheio de um nevoeiro que não nos deixa ver.
Pensar? Em quê?
Bloqueio mental. Tábua raza.
Mais uma etapa para ultrapassar. Mais um passo para dar: em frente.

Pormeto-te que vou ser como tu: uma super mulher.
Mesmo que mais ninguém acredite.

novembro 06, 2007

na capital da Tailândia

vive-se bem porque ninguem quer que seja díficil. Não há maldade nas palavras nem segundas intensões nas conversas, nem piadas de mau gosto nem sorrisos falsos. O ar é puro, as caras são outras e não cansa. O novo faz sempre bem.
Melhor do que estava à espera. Bom, bom, bom! Em casa, em família. Contigo e com eles. Com todos. Com espaço para as novidades. Com vontade de aprender coisas novas. Com espírito de iniciativa e muita criatividade, para fazer algo de novo. Para fazer melhor do que já se faz. Para agarrar um projecto inovador e leva-lo além das nossas expectativas. Porque tenho forças para isso. E para muito mais.

cafézinho bom :)

Continuas a ser única, especial e minha.
Continuas a ser o morango que adoça a minha vida.
Porque vales a pena.
Creio no mundo como um malmequer porque o vejo,
mas não penso nele. Porque pensar é não compreender.
Alberto Caeiro

outubro 17, 2007

novos caminhos

Um novo caminho que se abre.

Para lá do previsível, para lá dos limites já ultrapassados. Para lá do cansaço. Novas fronteiras. Novos objectivos. Como um caderno em branco a cheirar a novo. A inquietação, a curiosidade, a espectativa. A incerteza da primeira palavra que se vai escrever. Talvez seja também uma palavra nova.

outubro 13, 2007

colecção

Pedaços de noites. Algumas, ainda cheiram a melodias. Outras ainda têm o som das gargalhadas. Algumas têm palavras sentidas. Outras sem rótulo, porque nem tudo é bom de recordar. E lá vão ficando encostadas a um canto. Como as fotografias que o tempo envelhece. De vez em quando, ainda chega uma nova. É um sinal de vida.

outubro 12, 2007

e quando...

sais das aulas à noite e vens pela auto-estrada a pensar nas mais diversas coisas da vida, e dás por ti a 180km/hora, com o telemóvel na mão, a ser ultrapassada por um carro da polícia. Seja qual for o tema do pensamento, ganha sempre uma perspectiva negativa.

outubro 11, 2007

atenção

Ontem, por volta das 00.30H, fugiram duas mulheres de um espaço de diversão nocturna na cidade de Torres Vedras. As duas jovens sofrem da doença do riso e levaram consigo duas cobras que roubaram de um espectáculo decorrido no dito bar. Teme-se que as quatro sejam perigosas. Oferece-se recompensa pelas cobras.

outubro 09, 2007

hoje olho para ti e penso:

"o tiro passou-me ao lado"

outubro 07, 2007

tempo de mudança II

O teu sorriso mudou de cor. Agora tem tons de música e as tuas palavras estão cheias de uma calma ondulação, como se falasses ao som do mar. O brilho dos teus olhos renasceu: já não embaciam com a mesma facilidade, não ficam baços quando o teu olhar se perde no horizonte do passado. Até o teu corpo ganhou uma nova vida, e o preto que vestes ganhou reflexos das cores do arco-íris. Estás em tempo de mudança. É bom sentir a nova harmonia que transmites à tua volta.

outubro 06, 2007

novos horizontes: já não chega o necessário

E dizia o Baloo para o Mogli:
eu digo necessário, somente o necessário, o extraordinário é demais.


Mas hoje, já não me chega o necessário.
Ou talvez o meu conceito de necessidade tenha, simplesmente, evoluido.

outubro 05, 2007

Podes ter uma luta que é só tua
Ou então ir e vir com as marés
Se perderes a direcção da Lua
Olha a sombra que tens colada aos pés
Jorge Palma

outubro 04, 2007

efeito bolota

Gosto de ti assim, com esses tantos defeitos que tens. Temos uma amizade de anos e és, sem sombra de duvida, uma das pessoas mais importantes da minha vida. Sabes disso, nunca te falhei. Sinto-me em casa na tua casa, e sinto-me em família nos jantares da tua família e sinto-me bem, sei que sentes o mesmo comigo. Partilho contigo as horas de estudo e de descontracção. Conversamos sobre o mundo, e apesar de procurar-mos caminhos diferentes, tentamos sempre manter esses caminhos unidos. Foi amizade à primeira vista. Agora, é amizade em estado sólido.
Hoje, como em tantos dias [especialmente quando passo mais de 24H contigo], cheguei a casa a sofrer do efeito bolota. É a tua teimosia, é a tua mania da razão, é o teu mundo cor-de-rosa, é a tua cabeça sempre a criar ilusões, é o quereres-uma-coisa-nova-todos-os-dias, é a tua visão inconstante do futuro, é o facto de demorares 30 minutos a sair de casa porque tens sempre de fazer qualquer coisa à última da hora quando eu estou de mala posta e de porta aberta à tua espera, é o teres sempre de ir a qualquer lado num instantinho quando estamos atrasadíssimas para as aulas. Isso causa em mim efeitos secundários. E, às vezes, chego mesmo a entrar naquela fase de stress e mau-feitio que tu não gostas.
É assim que tu és, e eu conheço-te tão bem. E é assim que eu gosto de ti, mesmo quando fico chateada e tu percebes que fico mas que eu não te quero dizer que estou. Porque eu também tenho os meus defeitos e tu também lidas com eles, e possivelmente, eu também te causo um qualquer efeito pi.

outubro 02, 2007

teoria do caos

A Teoria do Caos constitui um dos mais fascinantes modelos matemáticos existentes e ajuda a explicar muitos comportamentos do universo. A ideia fundamental dos sistemas caóticos é simples de formular. Pequenas alterações nas condições iniciais provocam profundas alterações no resultado final. Ou seja, pequenas causas,grandes efeitos.
A Fórmula de Deus, José Rodrigues dos Santos

setembro 29, 2007

percebo-te

Ao fim destes anos, tu percebeste. O facto de eu te perceber é, agora, completamente irrelevante. Eu sempre percebi, sempre te soube perceber melhor que ninguém, mesmo quando não pensavas assim. Percebia porque vivia tudo lado a lado, percebia porque sei ler nos teus olhos, porque já não precisamos de palavras para falarmos. E hoje percebo ainda melhor a tua forma de pensar. Não é a primeira vez que pões a questão neste ponto, nesta linha de limite, de fim. Mas sei que agora pode mesmo ser o começo do fim. Agora sabes que precisas de mais. Sabes que podes, enfim, virar as costas e seguir em frente porque já não há nada de novo aqui. O azul é bonito, mas existem tantas cores por ai. Há tantos caminhos sem erros brilhantes, e tantas estórias turvas que duram anos e anos. O segredo é simples: pensar "desta vez é mesmo". Ou talvez seja melhor não pensares, e brindares ao futuro com um copo de Bacardi na mão. Porque no fim, eu quero discordar quando eles te chamarem fraquinha.

determinismo vs livre vontade

O essencial é que, ao negar a possibilidade de algum dia podermos saber todo o futuro e o passado, o Princípio da Incerteza veio expor uma subtileza fundamental do universo. É como se o universo nos dissesse o seguinte: a história encontra-se determinada desde o nascer dos tempos, mas vocês jamais o poderão provar e jamais poderão conhecê-la com exactidão. É esta a subtileza. Através do Princípio da Incerteza, ficámos a saber que, embora esteja tudo determinado, a derradeira realidade é indeterminável. O universo ocultou o seu mistério por detrás desta subtileza.
A Fórmula de Deus, José Rodrigues dos Santos

setembro 28, 2007

tempo de mudança I

Eu, quando mudo de vida, vou ao cabeleireiro, compro roupa nova, vou ver as últimas estreias do cinema, compro um livro novo, escrevo numa outra cor na agenda. Tu, fazes um piercing. Bem, cada um tem a sua forma de começar uma vida nova. Estou contigo neste começo.

setembro 20, 2007

porque brilha :)



Brilho - Expensive Soul

setembro 18, 2007

o G8 dividido ao meio encontra-se...

e num dia cinzento fez-se sol na esplanada de S. Pedro.
foi um sol de gargalhadas, de palermices, de conversas e de saudades. e esse sol manteve-se até tarde, acompanhou-nos ao cinema e ouviu-nos a rir como umas perdidas, não sei se pelo filme se pelas vossas piadas tontas. era disto que sentia mais saudades daí. mas é bom ver que, mesmo após três meses, pouca coisa mudou e, sobretudo, nós continuamos alegremente iguais.

setembro 16, 2007

não estás sozinha

porque eu estou aqui.
estou ao fim da rua à tua espera para um café. estou sentada no canto do bar para te ouvir cantar. estou no carro à tua espera para te ouvir falar das coisas da vida, que nem sempre é justa contigo. estou a teu lado no balcão para te emprestar uma estrela para que não te falte nada. estou disponível para correr a cidade à procura desse tabaco estranho que fumas. estou pronta para sair do carro e me chatear se mais alguém se mete contigo.
Gosti

setembro 12, 2007

como os girasóis

Promete-me que serás sempre azul-mar.
E assim, continuaremos a ser girasóis.

setembro 10, 2007

estúpida inocência

obrigado por me desiludires e me mostratres o verdadeiro sabor da realidade. obrigado por deitares os meus sonhos por terra e me mostrares que tudo é possível, basta acreditar. obrigado por teres sido o passado que não quero recordar, e me mostrares que a felicidade é muito mais que um estado de alma. obrigado por não teres ficado a meu lado quando precisei, e me fazeres ver que amigos não são os que estão, mas os que ficam.

sentimentos contrastantes


às vezes apetece...

setembro 07, 2007

dizem que "é a vida"

quando a frequência corre mal, dizem que "é a vida"
quando se perde num jogo de sueca, dizem que "é a vida"
quando se sai de casa de t-shirt e começa a chover, dizem que "é a vida"
quando se perde o autocarro por dois segundos, dizem que "é a vida"
quando se bebe demais e depois se manda fora, dizem que "é a vida"
quando o nosso clube perde por culpa do árbitro, dizem que "é a vida"
quando o filme que se quer ver já tem lotação esgotada, dizem que "é a vida"
quando alguém se desilude, dizem que "é a vida"

quer-me parecer que "a vida" é a culpada desta estória toda...

setembro 05, 2007

Obrigado pelo fim de tarde.

setembro 04, 2007

Teteu

Faz dois anos que morreste, e eu só descobri ontem no Badaladas.
Há poucos dias, a limpar uma daquelas caixas onde guardamos de tudo, descobri uma foto tua.
Poucas vezes me lembro de ti, já passaram tantos anos desde aqueles bons tempos da Madeira Torres. Mas também não te esqueço. Pelos bons momentos. Descansa em paz.

agosto 31, 2007

noite straworange

não foi na esquina, foi um bocado mais abaixo.
não eram 4h da manhã, eram 5h.
não vinhamos do Páteo, vinhamos de Santa.
não estavamos em pé, estavamos no carro.

o resto foi igual: as conversas, as gargalhadas, as parvoices.
só faltou a pastinha quando a fome apertou, mas isso fica para hoje :)

agosto 30, 2007

cada vez que passo uns dias longe de ti, tenho saudades.
mas quando estou contigo depois desses dias,
fico com a sensação de te estivemos juntas no dia anterior.
há sempre assunto. há sempre sorrisos. há sempre noite.
ilusões e desilusões são só um tema de conversa.

o amigo de ontem, hoje é só conhecido

Há pessoas que falham.
Mas tu sabes que o nosso problema não é se eu desculpo ou não.
Já passou tempo a mais.
Hoje somos quase desconhecidos.
Mesmo assim, continuas a ser aquele amigo de tantos anos, colega de mesa na escola e companheiro de tantos segredos.
Guardo o que foi bom: a amizade, os sorrisos. Mais não sei se consigo.

agosto 26, 2007

especulações

talvez preferisse continuar a ser uma especulação.
ou talvez ainda seja, mas estou lá.
estou dentro, mas vejo de fora.
ouço, mas não falo. olho, mas finjo que não vejo.
e continuo a sorrir...

(estar) à parte

quando se fica à parte de tudo, não quer dizer que se fique invisível.
mas fica-se, sem dúvida, com um melhor plano de vista.

agosto 24, 2007

novas perspectivas

Muda o teu mundo que eu mudei o meu
Mundos Mudos, Da Weasel

agosto 23, 2007

conversa de mulheres

blá blá blá...
blá blá blá...

conclusão: "muda de vida se há vida em ti a latejar"

agosto 18, 2007

kalache à straworange

O que faz falta.
O kalache StrawOrange.
O ínicio da noite.
O fim.
O cigarro na esquina.
Há coisas que permanecem imutáveis,
mesmo quando o mundo começa a girar ao contrário.

e fica a vontade de dizer

queres falar sobre isso?

agosto 14, 2007

páginas soltas

O Livro dos Livros, Vladimir Kush

Ás vezes, abrem-se páginas da nossa vida sem dar-mos por isso. Umas cheiram a novo, trazem coisas boas e um mundo por descobrir. Outras, estão amarelas e gastas, amarrotadas pelo tempo, lidas e relidas. Essas, voltamos a fechar. E po-mos uma etiqueta para não mais as abrir: passado. É um ponto de vista. A vida como um livro, onde os capítulos são as várias etapas do nosso caminho.
Prefiro pensar agora que a minha vida tem muitas páginas soltas. Não me importa se são passado ou sonhos, nem ando à procura do fio para uni-las. Basta-me olhar em frente, sei por onde seguir. Sei o que quero guardar. Sei o que procuro e sei o que não quero. Quando ando por fora, levo comigo as partes, (quase) todas as minhas partes. Fica sempre um pedaço de qualquer coisa, talvez da alma, não sei. E quando regresso, nunca sei se o que senti foi saudade ou alívio. Sei que quero regressar, sei onde quero regressar. E sei porquê. Levo comigo os meus pedaços. Pelo caminho, deixo ficar as páginas soltas.

agosto 12, 2007

lá p'rós lados do egipto

Nova casa. Nova família. Novos horizontes.
Só fica o que é bom e quem vale a pena.

agosto 11, 2007

ainda bem que estás aqui :)

No meio das desilusões, há sempre boas surpresas.
Apesar da distância que foi crescendo entre nós (tens razão, aquele gurpinho nunca resultaria junto) é bom saber que estás aqui. Existe amizade entre nós, sempre existiu. Sei que posso contar contigo, sei que tudo o que vivemos juntas foi verdadeiro. Tenho tantas e tão boas recordações das nossas conversas, das nossas brincadeiras, das nossas noites. São pessoas como tu que quero na minha vida, todos os dias. Vales ouro miúda!
Não vale a pena escrever aqui, sei que sabes decor: o tal último capítulo do Vai Aonde te Leva o Coração.

agosto 10, 2007

um voo nocturno pela terra dos sonhos

Com um cartaz de excepção, os “Grandes Concertos do Casino Estoril” regressam ao Du Arte Lounge, no próximo dia 5 de Julho, pelas 23 e 30. Num ambiente festivo, algumas das melhores bandas, e artistas a solo, apresentam temas inéditos e reinterpretam verdadeiros “clássicos”. Com entrada gratuita, este ciclo dedicado à música portuguesa realiza-se, todas as Quintas-Feiras, até 27 de Setembro. [...]
Depois, a 9 de Agosto, será a vez de Jorge Palma recuperar “o ambiente muito informal com o público do Du Arte Lounge”. Autor e compositor de registos inesquecíveis, Jorge Palma convida o público a redescobrir “Frágil”, “Deixa-me Rir”, “Dá-me Lume” ou “Cara de Anjo Mau”.
In: http://www.casino-estoril.pt/

O músico Jorge Palma sobe na quinta-feira ao palco do Du Arte Lounge no Casino Estoril para apresentar o seu novo álbum "Voo nocturno", editado a 2 de Julho.
"Voo Nocturno" remete para o livro do escritor francês Antoine de Saint Exupéry, que Palma leu quando tinha 18 anos. "Rosa Branca" ou "Vermelho Redundante", letras de Carlos Tê, são alguns dos temas do álbum, ao lado de "O centro comercial fechou", uma canção de forte crítica social. "Voo Nocturno" é o título de outra das canções do disco que termina com "A Velhice", música que Palma compôs a partir de um texto de Samuel Beckett para o espectáculo de João Lagarto "Começar a Acabar".
In:

agosto 08, 2007

o meu paraíso


férias

As férias de sempre. No espaço de sempre. As casas, a avenida, a praia. A marina. A Cletonina. O barco. As crianças. Alto-mar. Gosto mais assim. Sem areia. Sem stress. Com vizinhos a milhas de distância.

julho 27, 2007

straworange, lda

4º lugar.
porque vocês não emendaram a resposta,
tu não acertas-te à primeira
e eu não consegui correr de saia e chinelos.
mais a injustiça de pontuação à cantoria.
mas, apesar de não gostar de perder nem
a feijões, valeu pelo momento.

nunca mais esqueço que o bebedouro é do vitor lourenço, que a barraca do sr. fernando carraca é a número 3 da fila 6, que o lego nasceu na suécia e que o estribo fica no ouvido.
é sempre importante saber coisas destas.

julho 25, 2007

straworange

Mesmo quando acabas a noite a tentar mandar fora a quantidade abusiva de álcool que ingeriste, e te sentas nas escadas do Living a olhar para o rapaz (feio) vestido com um casaco amarelo-canário, gosto de ti. Ontem, lembrei-me de à 4 anos atrás, em que a pista daquela casa era nossa, todas as noites.

ladie's night de saudades

Tinha saudades vossas, crianças.
Tu continuas a ser uma boa surpresa. E ela, a amiga gira de sempre.

Ratatouille

julho 21, 2007

fim da espera: saiu a tua nota

Não me disseste nada... Mas eu já a vi: é o resultado da partilha de passwords. Sabia que não me deixavas. Nem ao G8. Para o ano há mais. E para o outro também! Lov u

noite anual da bolonhesa

À tempos que não te via assim, com muitos copos a mais e um fim de noite complicado. E também à muito tempo que não tinha uma noite assim, sem trabalho, sem horários, com vocês. Porque com vocês é sempre bom. E nessa casa é ainda melhor. Continua igual: tanta gente, até gente desconhecida. Mas há sempre lugar para mais um. Soou bem a orquestra que se juntou ontem. O clube de fans do Manel. Para repetir.
Talvez a culpa seja mesmo da minha bolonhesa.

julho 19, 2007

reputação: para que serves?

Perdi a minha reputação muito cedo, mas nunca lhe senti a falta.
Mae West

mal entendidos

Aparecem quando uma mente criativa decide comentar qualquer acontecimento que se passou, sem ter qualquer noção do que está a dizer e, muito menos, a quem está a dizer. Acontecem porque alguém se diverte a comentar a vida dos outros, porque, claro, a vida dos outros não a afecta.
Em cada dez pessoas que falam de nos,
nove pronunciam-se desfavoravelmente, e nao raro,
a unica pessoa que diz bem expressa-se mal.
Conde de Rivavol

dar e receber

Seja o que for,
só se recebe na medida do que se dá.
Honoré de Balzac

julho 18, 2007

mundos secretos II

Sempre em sintonia :)

todos os sonhos

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Tabacaria, Álvaro de Campos

tomada de decisão

Ás vezes tem de ser.

julho 12, 2007

julho 11, 2007

à espera da tua nota

Tenho medo de ficar sem ti (no mundo académico). Comecei contigo e quero acabar a teu lado. Afinal, somos uma GTDupla! Fico ansiosa à espera que a nota saia, confiando no Pronto e no Engenherio, e rezando para que o teu amigo N. G. não meta o bedalho onde não é chamado! E quando soubermos que tudo correu bem, podemos voltar às nossas visitas turísticas. Ainda não andamos no 28, não fomos aos ajulezos, nem ao traje. Falta-nos o Museu de Arte Antiga, as ruínas do Carmo e o elevador da Santa. Há tanta coisa à nossa espera. Follow me.

julho 05, 2007

porque o importante é não desistir...


Realização: Michael Dowse
Com: Paul Kate e Beatriz Batarda
O Regresso do DJ é uma comédia dramática, baseada na trágica vida do DJ mundialmente famoso, Frankie Wilde. Um génio na sua área, Frankie subiu a pulso, no mundo competitivo dos DJ's, até atingir um lugar de topo. Mas a tragédia cruza-se com ele, numa altura em que vivia numa casa de luxo e com uma mulher de sonho, na ilha de Ibiza. Nascido com um problema auditivo, fica rapidamente surdo, mantendo apenas um ouvido a funcionar, e tendo ainda de terminar mais uma temporada. Mas com apenas 20% de audição os resultados são catastróficos, as multidões desertam, a companhia discográfica deixa-o cair, a mulher deixa-o e o empresário abandona-o. Frankie mergulha na depressão.
O filme apresenta depoimentos de DJ'S como Tiësto, Paul van Dyk e Carl Cox, contando como Frankie foi uma influência para eles e a sua importância para o cenário musical de Ibiza.

junho 30, 2007



Eu resisto a tudo, menos à tentação.
Oscar Wilde

junho 25, 2007

memória











A persistência da Memória, Salvador Dali
Definição de memória:
s. f. faculdade que o espírito tem de evocar fenómenos passados.
Guardamos tudo na memória, ao estilo das micas em dossiers organizadas por separadores coloridos. Fazemos dela uma base de dados, com um data warehouse e um datamining. Se necessário, aplicamos um ERP para ter melho acesso aos seus conteúdos. Guardamos tudo. Ás vezes, coisas a mais. E tudo persiste na nossa memória. Ás vezes, com umas núvens à frente, como as fotos antigas que começam a desbotar, ou as folhas velhas quando começam a ficar amarelas. Mas continua na memória. Toda a matéria que constitui a nossa vida.
A vida é uma efémera passagem. Que nada tem de superficial.

junho 24, 2007

conclusões de uma noite: amizade vs província

Estou numa rua cheia de merda
e tenho de andar em bicos de pés.
M.A.
Não diria melhor. No meio das (des)ilusões e da (in)definição das cores da vida, perdemos a vontade de estar. Ganhámos a vontade de viver. Não perdi a vontade de ti, porque fazes parte de um mundo à parte. (Des)Gosto do mundo mesmo sem (as) razões. Gosto cada vez mais do meu (nosso) mundo, longe de provincianos, de elogios sem verdade, de sorrisos sem consistência, de palavras com duplo sentido. Estou fora, mas levo-te comigo.

junho 22, 2007

mundos secretos

Cheios de tudo. De pequenos nadas. De sentidos sem lógica. De momentos sem data. De palavras sem significado. O mundo secreto. Longe e tão perto. De nós. Ás vezes fica cheio. Mas há sempre mais um espaço. Para tudo. Para nós.
É triste quando se deixa de sentir a falta.
Eu continuo a andar. Mas não é na tua direcção.

junho 20, 2007

à parte de tudo, um brinde ao G8

Existem grupinhos sim. E nós somos um.
Bolota, não ganhámos a GTmelhor dupla. E o prémio tricot foi parar às mãos erradas! Mas party animal não encaixa mal em mim. E partilhar GTfemale com a Lú é uma honra! :)

junho 16, 2007

compreensões em tempo de saudade

















- O que eu ia dizer-te, Dunas, é que hoje compreendi...
- Que gostas muito mais de mim do que dantes. Eu também gosto mais de ti.
Baixei a cabeça, desolada.
- Porque é que nunca me deixas acabar as frases?! Porquê?!
- Porque não é preciso.

G8

A Sistema, passámos todas!!! (e ele)
Parece que o estudo colectivo resulta mesmo :)
Amanhã é festa! Vamos soltar a franga!!

Depois dos dias longos, das noites sem dormir, do cansaço e do mau feitio, vou ter saudades dos acampamentos ciganos em Cascais ou na Parede. Porque nem tudo tem de ser difícil, e impossível para nós é uma palavra do passado.
Suicinha, a droga para peles sensíveis deve resultar mesmo :) Provou e gostou!

junho 14, 2007

haja Direito

Receita para o sucesso (salvem-nos dos recursos!):

Casa da Lu (o Brasil em Portugal)
Falta de rede nos telemóveis
Cigarros na varanda
Comida de engorda (o chocolate ajuda à concentração)
Trabalho em série
Estudo organizado (pela desordem)
Casos Práticos (re)feitos a meias
Imprensão em série de auxiliares de memória (posteriormente agrafados à Portaria 1110/2001)
Tratar o RJUE por RJUÉ
Rir de tudo de nada de todos e de ninguém
Traduzir abroclado por "molho de bróculos"
Viver (Vive Menina!)

E no jantar de Domingo, entre Maria's Amélia's, Bloquinhos e tentativas de engate, as sete brancas de neve e o anão. A fazer tricot, a beber muito, a rir e a viver. E, se for preciso, viajando na maionese também (porque ir à Suiça está caro e em Londres está frio!!).

junho 11, 2007

momentos que não se esquecem

porke nunca eskecerei momentos bons, alegres, especiais, coloridos, tontos, secretos!!! porke nunca te eskecerei!! Ao ataaaaaqqquuueeeee!!! iiiiiaaaaaaaahhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!! e ai estavamos nos!:) gmt*****
J.C.
Porque eramos (e somos ainda) tão diferentes e tão unidas. Partilhá-mos tudo o que havia, ensiná-mos umas às outras tudo o que podiamos. Era a pura relação de amizade e bem estar, na presença e na distância. Ainda hoje é pura. Sem qualquer imperfeição, sem nenhum grão de areia. Continuamos a ter o nosso lado colorido. Eu continuo a gostar de cor-de-rosa (apesar de já não ser ruiva). Tu continuas a ter esse olhar doce de menina, com os teus olhos azuis e esse sorriso sempre presente. E ela, mais distante, ainda tem aquele ar de má em tons de verde. Porque vivemos tudo tão intensamente. Ainda hoje me lembro da adrenalina que era a vida a vosso lado. Ainda tenho um pedaço vosso. Deixou saudades. Sugar, spice and that's all nice.

estrelas

a minha estrela faz hoje 4 anos

junho 07, 2007

Ao fim de 3 anos, continuas a surpreender-me.
Lov u :)

saia justa

Somos todas tão diferentes. Cada uma no seu mundo. E que mundos tão distantes. Com heranças de grandes vivendas, vidas nocturnas intensas, barcos partidos no mar e novelas da TVI. Nas nossas vidas há de tudo. Fantasmas de 8 anos, paixões suiças à primeira vista, "Zé's" que fazem falta, "Buscapé's" que não se dicidem e paixões imensas. Mas numa mesa de jantar, com uma lua fantástica e um calor intenso a pedir caipirinhas e sangria, ficam de parte as diferenças e unimo-nos na nossa mais bela condição: a de mulher.
E porque ás vezes os nossos pensamentos fogem para a terra dos sonhos e somos denunciadas por um radioso sorriso, fica aqui a frase da gata da noite: tá viajando na maionese!

junho 04, 2007

como sempre, estavas comigo

Conhece-me como ninguém, talvez melhor do que eu me conheço. É como se tivesse a resposta certa para tudo. Habituei-me a não dar um passo na vida sem lhe perguntar, mesmo que depois faça tudo ao contrário.
Pessoas Como Nós, Margarida Rebelo Pinto

coisas de criança

"O carro novo da tia não tem telhado."

3.junho.2007

Meia-noite entre amigos. O shot da praxe.
Surpresa no Living. E eu, ingénua, a pensar que ninguém se lembrava. Obrigado! :)
Uma noite bem dormida na tua (nossa) casa dos tempos quentes, agora com o aumento da lotação.
Um jantar simples, cheio de boa conversa numa paz tranquila que é cada vez mais rara. Com vocês. Melhor não havia! :)

junho 02, 2007

como se tivesse sido ontem

A tradição já não é o que era.
O CAERO tinha muito mais sentido, mais luz.
Lembrei-me da euforia, do cansado, dos dias a passar e nós, sempre atarefados, sempre cheios de ideias e de medo de não ter tudo pronto a horas.
A força dos olhos verdes que não paravam, as estrelas do menino dos caracóis tão dificieis de pendurar no tecto. As piadas do Gui. O sorriso tranquilo do Pai. O Mustang e o BA sempre a acelarar de um lado para o outro. Os romances que foram nascendo. As amizades que ficaram.
Fizemos um brilharete! Foi uma noite longa para o resto da nossa vida.

maio 29, 2007

Os pequenos grandes sustos tornam-nos mais fortes. As pequenas coisas da vida tornam-se insignificantes. O mundo de repende fica cor-de-rosa. E até o coração acalmar e o medo nos deixar dormir, é tudo muito subtil à nossa volta ao pé da sensação que foi. Ficamos pequeninos, seres sem o mínimo control da sua vida. Quando tiver de ser é. Não há nada que se possa fazer.
O que se aprende numa questão de segundos é surreal. Uma lição de vida. Quando se abre os olhos (ainda sem acreditar na sorte) percebe-se logo que tudo mudou.
Já não tenho medo nem sonhos maus. Já fecho os olhos sem me sentir às voltas. Mas ficou a marca. E hoje, quando passei ali pela primeira vez depois daquilo, senti-me gelada.
Telefonei-te porque precisava de ti. Porque preciso sempre. Não te queria assustar, mas precisava de ouvir-te para ter a certeza que estava tudo bem. E, como sempre, estavas ai para mim. Pensei em ti durante todos aqueles segundos em que o carro andou às voltas. Fiquei feliz por ainda estar aqui. Para ti.

maio 25, 2007

a vida pode fugir em segundos

Uma questão de segundos. Um medo inexplicável. Uma sensação de inutilidade. Deixei-me levar. Às voltas sobre a água. Agora, já não era comigo... Ouvia a chuva a bater com força nos vidros. Pensei que nunca mais ia poder ouvir este som. Nem outro qualquer. Nem ver mais nada. Nem sentir. Passou-se tudo em breves segundos. Não houve tempo para pensar. Lembrei-me de quem mais gosto. O sentimento era parecido ao da saudade, mas doia muito mais.
E, de repende, o estrondo. E tudo parou. Abri os olhos, e não sei se era alegria, ou alívio ou pânico. Não sou religiosa, nem nunca acreditei em entes superiores nem anjos da guarda. Mas acredito que algo ou alguém me protegeu. E em tão poucos segundos percebi na minha pele que a vida pode fugir quando menos esperamos.

maio 24, 2007

«Querida concha:
No mar existem muitas conchas. Umas mais bonitas e boas, e outras más e feias.
Procurei as conchas boas, mas não as encontrei. Estavam partidas ou riscadas. Cortavam.
Até que, um dia, a maré trouxe até mim uma concha. Colorida e transparente.

Essa concha abriu-se e eu sentei-me lá dentro. Para sempre”

O Guarda da Praia, Maria Teresa Maia Gonzalez

maio 23, 2007

na distância, caminhamos sempre ao lado dos que fazem falta


O melhor da nossa amizade é que mesmo fisicamente separadas, estamos sempre juntas. Separadas agora pelas nossas vidas académicas. Unidas, como sempre, pelas noites, pelos copos, pelos sorrisos, pelas músicas, pelos abraços, pelos olhares, pela cumplicidade. O melhor de cada uma de nós reflecte-se nas nossas conversas tontas, nos nossos momentos sérios, nos nossos baús do passado cheios de bons momentos. Continuamos a estar sempre, uma para a outra, nos bons e nos menos bons momentos, todos os dias. Mesmo com a distância que nos separa. Há sempre um telefonema, uma mensagem, um café para contar as cusquices e matar as saudades. Continuamos a ser StrawOrange.

maio 19, 2007

benção das fitas @ eshte

19.Maio.2007

Estou muito orgulhosa de ti, Ornelas. Como é bom ver-te vencer! Afinal, vences-te todos os obstáculos da tua vida. Mais uma vez, estás de parabéns.
Boa sorte. Ainda não é a despedida. Agora ainda é fácil. Dificil é pensar que um dia vou chegar a ESHTE e tu não vais estar... Mas terás sempre um lugarzinho especial no meu coração.

Um beijo,
da tua "Tafa Uefa"

maio 17, 2007

a fita amarela da Ornelas

Com toda a amizade e carinho que estes 3 anos nos permitem, há agora uma coisa que nos distingue às 3. É que a tua força (que durante tanto tempo parecia trémula) é realmente mais forte que a nossa. Chegaste ao fim de mais uma etapa. Praticamente sozinha, apesar dos amigos, da mãe, tu sempre te safaste bem sozinha. Estás de Parabéns! E nós, meras tontas que ainda estão no começo mas que te adoram, estamos cá para te ver vencer.
A fita era pequena, porque havia muito mais para escrever. Ou talvez não. Talvez sejam as coisas que não se sabem dizer, que ficam guardadas em nós, só para nós. As memórias de 3 anos. A mansão do Estoril. Assim, a vida universitária sabe bem. Aprender ganhou outro sentido, e esse devo-o também a vocês as 2, que souberam dar a volta às coisas más do passado. Mas nunca estamos sozinhas. E assim fica, sem mais palavras, pelo menos até sábado. Ansiosamente à espera de te ver. Gosto de nós, Trio. =)

maio 09, 2007

and the winer are...

Hoje reparei que ao fim de 3 anos ainda não acertamos com o 1 ou 2 beijinhos. Mas a nossa amizade é mesmo assim, assenta nos pilares da dinâmica e nunca cai em monotonia. E como tu estás a eshte disto tudo e eu não me entendo com as probabilidades do Engenheiro, não há Santo Escapulário que nos valha...
O que nos safa é mesmo a nomeação para melhor dupla do ano!! :)

maio 03, 2007

bolinhas e smiles

Voltámos às bolinhas... às bolinhas e aos smiles!!
StrawOrange de regresso à vitória na sueca.
Nunca é tarde para recuperar as coisas boas da vida! :)

maio 01, 2007

dias assim...

30 de Abril
Manhã de transito infernal. Chuva.
A correria para ir apresentar as "luzes", quando afinal é para sexta.
Teste de Direito a dividir por 4: mais calmo, mais seguro, nem por isso mais confiante. Há quem escreva muito. Quem procure muito. E quem espere pelas respostas.
Para desanuviar: almoço na Leitaria. (telefone a tocar pela 10ª vez) Não há cabidela. Que azar! Carne de porco à alentejana para duas, vitela para dois. 4 imperiais. (já alguém vos disse que comprimidos para dieta e anti-inflamatórios são para ser tomados com água?).
Tarde (supostamente hora da siesta) de correria. Bilha de gás, combustivel, restaurante, compras, croissants, correios, farmácia... Está tudo? (sem contar com os kiwis e os tomates, óbvio - tenta perceber, enquanto fazias de intérprete eu andava à caça dos melhores morangos!).
Só podia ser mais uma tarde assim, num daqueles dias em que as nossas 24h se multiplicam. Não quero que pares e penses. Quero que sorrias.
Casa. Lar doce lar. (telefone a tocar pela 56ª vez).
Restaurante (quase) garantido. Mercearia, pois claro!
Ela a caminho, porque Pikas & Bolota só funcionam no seu melhor com Ornelas.
01 de Maio
Mercearia Vencedora.
Marina de Cascais.
Mesa do fundo.
Sangria de champagne.
Telefone sempre a tocar (o melhor é um de nós ligar também).
Nos 27, ficam os sorrisos, as loucuras e os milagres mas, sobretudo, a amizade.

abril 26, 2007

à menina da juba

Pensar que te vou ver 2ª feira, depois de todos estes anos é algo de fenomenal.
A nossa amizade sempre viveu na distância, no gelo do teu coração, nas palavras que não sabes dizer e nos silêncios de meses que sempre fui eu a quebrar. Mas em datas como esta, é bom saber que nunca te esqueces de mim.
Crescemos juntas num mundo que nem era teu nem meu, num mundo que hoje não existe (afinal, alguma vez existiu?). E soubemos sobreviver à falta de sentimentos e valores que desfez a nossa geração. Ao olhar a tua irmã tenho pena que ela não tenha vivido no mesmo mundo bonito onde crescemos, mesmo com toda a sua imperfeição (ainda acredito que ele existiu!).

abril 24, 2007

Nunca vi fazer tanta exigência
Nem fazer o que você me faz
Você não sabe o que é consciência
Nem vê que eu sou um pobre rapaz
Você só pensa em luxo e riqueza
Tudo o que você vê você quer

Ai Que Saudades da Amélia, Fundo de Quintal

abril 19, 2007

Os ares de Santa Cruz são mesmo especiais. E únicos, sem dúvida. Mas, mesmo assim, no meio de tanta brincadeira, gargalhada, conversa séria e shots, o Cantinho deixa saudades. E muitas.
Fazem-me falta as horas de inicio de noite. Os kalaches cheios de sentido. As moedas. Os stresses. As piadas no fim da noite.
O domingo fez-me mal. Foi como se ainda pertencesse aquele espaço. Senti falta. De vocês. Do Sonazol.
Guardei o cêntimo da sorte.

abril 16, 2007

"Do Outro Lado do Arco Íris" - Fado Filmes


O Noddy também encontrou o pote de ouro no final do arco-íris. Na Cidade dos Brinquedos o arco-íris também é mágico.
Mas o Carica foi mais corajoso porque de bicicleta é sempre mais difícil que de avião.

abril 15, 2007

dot.com

http://salvemonossosite.clix.pt/

DOT.COM, uma deliciosa comédia de Luís Galvão Teles. A história de Águas Altas, uma pequena aldeia no interior de Portugal que subitamente se torna num caso nacional quando uma multinacional espanhola pressiona os aldeões para fechar o site da aldeia, precisamente o mesmo nome de uma marca de águas que os espanhóis querem lançar no mercado. A partir daí gera-se uma grande divisão na aldeia: há quem queira manter o site para garantir a soberania nacional, mas há também quem queira tirar partido de uma possível compensação financeira.
Faz todo o sentido. A magia de Dornes. Mais um pedaço feliz da minha infância: a barragem, o barco, o ski. O centro náutico de Ferreira do Zêzere. O hotel e o restaurante da Sertã.
Vale a pena ver: http://aguasaltas.com/

abril 12, 2007

Mary_Strawberry & Orange_Pikas

"Uma gaja boa incomoda muita gente
duas gajas boas incomodam muito mais"

abril 11, 2007

a armadilha dos lugares-comuns

«Por que dás tanta importância à inveja?», perguntas-me, e depois acrescentas: «Sabes, quando ouço falar de pureza, tenho como que uma reacção alérgica. Parece-me que, no século que acaba de terminar, houve bastantes tentativas para instaurar mundos cheios de pureza, com resultados, digamos assim, catastróficos. Os nazis não queriam a "pura raça ariana"? E a nível menos trágico, mas, talvez por isso mesmo, mais irritante ainda, vêm-e à ideia as purezas ou as impurezas cochichadas nos confessionários. Não te sentes embaraçada ao pronunciar essa palavra?»
Como poderemos compreender-nos, entender-nos, dialogar, se o uso das palavras não é o mesmo? [...] Um ser humano qualquer decide que existem fronteiras, parâmetros, e que só quem está dentro dessas fronteiras ou desses parâmetros é que merece viver com todos os privilégios. Quem está fora pertence a formas seguramente inferiores. [...] A partir deste pressuposto, não tarda muito a estar-se convencido de que a vida de quem está excluído desse grupo não tem o mesmo valor que a vida de quem faz parte dele.
[...] Portanto, a dimensão do mundo, aquela a que nos referimos, é só uma, a da realidade e da sua finitude. As palavras e os conceitos, com os seus significados mais profundos, são restringidos a essa minúscula divisão. Apesar de o espaço ser claustrofóbico, movemo-nos lá dentro, convencidos de que estamos a definir o universo.
O Fogo e o Vento, Susanna Tamaro

adaptar-se à mediocridade?

Num mundo onde os únicos sonhos permitidos são os que se podem comprar, a felicidade passou a ser apenas um atributo da posse. A realização pessoal, que é - ou deveria ser - o caminho de qualquer vida, já só consiste perversamente na resignação e na sujeição. Realizo-me adaptando-me, executando os gestos dos outros sem nunca me interrogar. Relizo-me não me realizando, porque a sociedade não me permite mais nada, porque só tenho duas pernas, curtas, e não vejo asas a despontar em parte alguma do meu corpo. Mas será assim ou será apenas um álibi, uma forma de preguiça mental?
Basta parar por um instante e observar o mundo da natureza que nos rodeia para ver que tudo fala da gratuitidade inquietante, da fragilidade e da beleza das formas vivas.
Embora tentemos viver em caixas hermeticamente fechadas, o mistério resplandece à nossa volta e sugere-nos o caminho a percorrer. Não existe mediocridade, monotonia. O que existe é apenas o nosso medo. Medo de crescer, medo de nos abrirmos às emoções. Medo de descobrirmos que não há nenhuma jaula à nossa volta, que o que existe é apenas liberdade, ar. E se erguermos levemente os olhos, o espaço infinito do céu.
O Fogo e o Vento, Susanna Tamaro

abril 10, 2007

a liberdade de escolher

Lembras-te do final de Vai aonde te leva o coração? «E quando à tua frente se abrirem muitas estradas, {...} não metas por uma ao acaso, senta-te e espera. Espera e volta a esperar...» Sentarmo-nos, esperar. Duas palavras tão distantes do nosso consumo frenético do tempo! E já nem falamos de estar em silêncio. Mas são justamente estas as três condições que nos ajudam a escolher o melhor caminho. A imobilidade, a paciência, o silêncio. Porque, para se escolher, há que eliminar toda a tagarelice que nos rodeia, as formas correntes, banais, de pensar, os lugares e os modos da conveniência. Há que ir ao fundo de nós mesmos e escutar. Temos de ser capazes de esperar com paciência e humildade, porque a consciência profunda é tão esquiva como um animal selvagem e, muitas vezes, há outros apelos - vozes, conselhos, oráculos - que tentam abafá-la. E mais ainda, fazer uma escolha consciente - como já notaste com o teu «é tremendo recomeçar tudo do zero» - torna a vida mais difícil. Porque as escolhas constroem um percurso. Um percurso que se revela cada vez mais duro do que deixarmo-nos simplesmente levar pela corrente.
O Fogo e o Vento, Susanna Tamaro

tudo pode acontecer

Sorrio ligeiramente, olhando para o céu, sabendo que existe uma coisa que ainda não vos disse: acredito agora que os milagres podem acontecer.

Um Momento Inesquecível, Nicholas Sparks

abril 05, 2007

às cores :)

Gosto de saber que descobriste as outras cores do arco-iris.
O nosso mundo nunca foi a preto e branco e o candeeiro quando gira nunca pára no azul.


abril 04, 2007

abril 03, 2007

Os sonhos são os mesmos em todos os lugares.(I.P.) Ou talvez sejam mais na "nossa" casa. Na nossa lealdade inquebrável. Na nossa amizade sem igual. Nas nossas noites puras. Nos nossos sorrisos iguais. No teu azul. Nas minhas camadas. Nas cores do candeeiro. Nas pontas da cama. Na "nossa" varanda. Vamos voltar aos "velhos tempos". E que bons tempos foram! É bom ser feliz a teu lado. Em tua casa ou seja onde for. Como diria o Sr. das Pipocas às 6h da manhã: Amo você

março 30, 2007

branco: a cor da liberdade


Incrível sensação de liberdade. Ou, quem sabe, a liberdade em si mesma.

março 28, 2007

"Fazes-me Falta", Inês Pedrosa


Era mais que feliz contigo. Acreditava que tinha encontrado o "principe". Acreditava na eternidade. Achava que a "efémera" era a nossa lição de vida e vivia feliz no nosso mundinho de afectos e carinho.
Estou sozinho. Sozinho com o coração em bocados espalhados pelas tuas imagens.
Fiquei perdida. Felizmente, não sozinha (obrigado Morango e Tonto). Caiu-me um pilar. Ninguém deu por isso.
Quando te conheci vivia um período apático. Um dos poucos períodos apáticos da minha vida.
Não sei onde nos fomos encontrar, mas quando apareces-te trouxeste o sol aos meus dias de nevoeiro.
Não te perdoo o que não soubeste saber de mim.
Durante algum tempo senti-te raiva. Depois, entrei numa fase de apatia e criei o botãozinho. Se não pensasse, não existias.
Não creio que possa envelhecer contigo, mas gostava de ter um filho teu antes de nos separarmos.
Deste-me o sol... a lua, as estrelas... E, um dia, sem aviso, roubastemos. Já tinhamos construído uma vida juntos.
E eis-me preso à memória escura dos teus olhos, dos teus passos saltitantes, da tua alegria convicta que a partir de certa altura começou a açucarar demasiado a minha vida.
Hoje penso que sempre soube que, mais cedo ou mais tarde te ia perder. Saber eu sabia, só não queria acreditar.
Acreditava que o sentido da minha vida estava nesses encontros, e confronto-me agora com a falta que tu me fazes.
Ao teu lado, era feliz. Só. Sem mais nada. Sem tudo aquilo a que fui habituada. Bastavas tu. O teu sorriso. O teu peito para encostar a cabeça.
E entreguei-me - terás percebido isso? Deixei de saber quem era. Continuo a precisar de ti para existir. Para dormir.
Ainda hoje preciso. Não sei bem se preciso de ti ou daquilo que eu era contigo.
«Eu não te mereço isso.»
Não merecia. Fiz tudo por ti, por nós. Mas um só não basta.
Fiquei em ti mas deixaste de precisar de mim, e por isso precisei ainda mais de ti.
Quando percebi que vivias bem sem mim, tive a triste certeza de que também tinhas vivido aqueles meses sem mim.
Descobri em ti aquilo que eu era para além de tudo o que ia sendo.
Hoje sei que quero ir sendo aquilo que sou. Aquilo que aprendi a ser contigo. Obrigado pelo sentido que deste à minha vida.
(04.2006)

março 24, 2007

hoje vou gritar, até que a voz me doa =)

"Quem tem moedas passa à frente"

o que fica na despedida

Na despedida, ficam os bons momentos.

Ficam os 3 anos de lutas e vitórias.
Fica o 1º dia, e fica antes dele, até.
Ficam os que por lá passaram, que foram tantos. Ficas em especial tu, minha dupla imbatível.
Ficam os banhos, os shots, as lições de caipirinhas, as botijas de gás, as cadeiras, as fotos, as músicas, os apertões, as amizades, as lágrimas, os sorrisos, o Bacardi, a Vodka, o Famouse...

Os momentos menos bons ficam também. Superamos o impossível! Afinal, batemos todos os records em tempos de crise.

é mais um record hoje?

Hoje, a última. Desta vez, é mesmo a última.
Lição de 3 anos: acreditar sempre, nunca desistir.

março 22, 2007

Talvez por isso continuava a esperar que alguem especial encarnasse no meu sonho; mas como ao mesmo tempo nao acreditava em sonhos, tinha o resto da vida para ganhar juizo.
Rita Ferro

Apanhei os bocadinhos todos, Bolota. Já não sou só feita de breves pedacinhos.
Mas não os deixei voar. Guardei-os na gaveta dos fundos. Espero que fiquem bem lá. =)

Encontrei-te em Torres, fui ver-te a Lisboa e sinto-te (a falta) em Cascais.

Fazes parte de tudo o que tenho de mais bonito (serás tu uma das causas da beleza?). Já nem me recordo de como era "before-Mary"... =)

março 20, 2007

está a nevar :)

Na minha terrinha do coração.
A pradollano e os borreguiles tão branquinhos.


http://www.sierranevada.es/En%20Pista/WEB%20C%20A%20M%20S
Que enorme vontade de pegar na Vito e fazer 500 km com vocês só pelo prazer que é voar sobre aquele manto branco... Há coisa mais bonita?

março 19, 2007

falta de (in)certeza

Arrebatada por uma falta de incertezas. Incertezas essas que são o sonho e o risco daquilo a que chamo vida. No meio de tantas (e tão poucas) certezas, fico-me pela certeza de que estou onde devia estar. E que caminho para onde me levas. Habituei-me a uma vida cheia de incertezas. Vivi sempre na realidade (ou ilusão) que o importante é ter a certeza do que não quero, mesmo sem a minima ideia do que quero. Estranha forma de vida esta.
Hoje, dou por falta das incertezas. E nada do que tenho é certo. Falta a incerteza de saber se estás ai ou não (estás e pronto!). Falta a vontade das coisas novas, a incerteza de como elas serão. A certeza hoje é de viver tudo, o que é novo ou velho, no meu mundinho feliz (encantado e azul por também ser vosso). Na verdade, neste momento que é o agora, tudo é certo e tão certo é também que tudo que vai deixar de o ser. Fico-me então pela mais bonita certeza, em toda a sua imperfeiçao: com vocês por perto, certo é tudo aquilo que eu quiser.

março 17, 2007

"Sinto-me o Baltazar a olha para a estrela."
A.

março 14, 2007

questão retórica: o que é a paixão?

Durante a paixao, o sofrimento era doença desejada, necessária, prioritária, que exigia um cenário próprio para alastrar a vontade: pouca luz, conforto físico, isolamento. Sem estes requisitos, a dor da paixão era elevada ao suplício. Sofrer, duvidar, esperar, definhar, soluçar, agonizar e morrer pelo menos uma vez por dia, tudo isto fazia parte de uma boa paixão. Além disso, a paixão era o único estado de espirito que me fazia verdadeiramente desvalorizar a morte e esquecer tudo o resto, porque o mundo passava a ser uma só coisa: a estalagem onde o outro habitava, a ponte que me levava a ele, a estrada que me iludia. Era mentira, mas estava provado que a paixão era um abismo em que as pessoas se lançavam de livre vontade, convencidas de que a supressão do outro era uma agonia pior do que a privaçao da vida. E era verdade, sim, que o coração batia mais e não menos durante a paixão; e que ela nos fazia sentir tão vivos e tão humanos e tão férties e tão fortes e tão corajosos e tão animais e tão divinos que nem pela felecidade a trocariamos.
Uma Mulher Não Chora, Rita Ferro


A paixão faz a pessoa deixar de comer, dormir, trabalhar, estar em paz. Muita gente fica assustada porque, quando aparece, derruba todas as coisas velhas que encontra. Ninguém quer desorganizar o seu mundo. Por isso, muita gente consegue controlar essa ameaça, e é capaz de manter de pé uma casa ou uma estrutura que já está podre. São os engenheiros das coisas superadas. Outras pessoas pensam exactamente o contrário: entregam-se sem pensar, esperando encontrar na paixão as soluções para todos os seus problemas. Depositam na outra pessoa toda a responsabilidade pela sua felicidade, e toda a culpa pela sua possível infelicidade. Estão sempre euforicas porque algo de maravilhoso aconteceu, ou deprimidas porque algo que não esperavam acabou por destruir tudo. Afastar-se da paixão, ou entregar-se cegamente a ela - qual destas duas atitudes e a menos destrutiva? Nao sei.
Onze Minutos, Paulo Coelho

março 13, 2007

o trio: Pikas, Bolota & Ornelas


Num cruzamento cheio de sentido entre o Montijo e o Estoril, vens tu, cheia de pensamentos, muito atarefada no alto das tuas botas, sempre com esse sorriso distante de quem não espera da vida mais do que ela dá. Andas sempre com o cabelo louro ao vento, tens sempre qualquer coisa para fazer, nessa tua vida tão distante da minha, mas que partilhaste comigo na nossa mansão. É bonito ver que, mesmo sempre a correr, tens sempre um bocadinho para mim, para nós. Nem que seja para sorrir e perguntar pelos estudos, pelos pais e pela nossa Bolota.
Sinto muito a tua falta, e nem sequer és ausente, só estás mais longe, e às vezes não nos sabemos encontrar. Nem as 2, nem as 3. Faltam as viagens a Óbidos na "camiona" da tia Mi, e os dias bem passados a atentar contra a lingua portuguesa. Faltas tu a falar do teu "Montije", a dizer "vés vés" e a gritar "tó"... Falto eu a tentar explicar-te a diferença entre a "Tafa Uefa" e o campeonato português. Falta a Locas a dizer "boniticas" e a escrever "dificiles". Faltam o 4º e 5º elemento para nos fazerem rir. E o "Santo Escapulário" para nos proteger! =)
Se nos voltarmos a encontrar na mesma casa, a partilhar o mesmo espaço e o caminho das nossas vidas, será tão fácil voltar à rotina das nossas conversas e dos nossos cigarros até às tantas da manhã...
Fazes-me falta, Ornelas. E o teu sorriso também.

março 10, 2007

Óh céus!! Olha acontece...!

Na casa nova ou na antiga, ou em outras que ainda estão para vir. Gosto muito de a ter na minha vida. Veio dar mais cor ao arco-iris, e tornar a vida universitária bem mais divertida. Consigo é tudo mais fácil, a visão da vida é cor de rosa, e os sonhos nunca são impossíveis. E no meio de tantas músicas, gralhas, contestações, parvoices e brincadeiras, nasceu uma amizade para a vida. E, um dia, quando formos velhinhas e estivermos a jantar no Sushimoto ou a beber uma sangria de champanhe na Mercearia Vencedora, iremos rir de todas aquelas peripécias que fazem da nossa vida um mar de alegria!


março 08, 2007

a especialidade do dia

Neste dia especial, ficas tu, mais que qualquer outra pessoa, no lugarzinho especial que tu conquistas-te. Num lugar que é só teu. Porque muitos outros entram e saiem. As nossas vidas são feitas de pessoas que entram e saiem. Mas há os que ficam sempre. E tu ficas, sempre. Alias, tu estás sempre. Mesmo na ausência, na distância e na saudade, nos trilhos lisboeta e "cascaense" das nossas vidas que nos separam por breves instantes, tu estás sempre comigo. E isso é o mais mágico de tudo. Entre nós não há nada por dizer e os nossos silêncios falam por nós. E basta um olhar ou um sorriso. Percebemos sempre. Confiamos sempre. E fazemos da vida uma festa. Uma eterna festa, alegre e azul. Cheia de sonhos. Cheia de memórias, códigos, vitórias. Até nas lágrimas descobrimos o sorriso. E no Hype encontramos um amigo. Deixamos as nossas marcas pela passagem. Choramos e rimos em Santa, e a tua casa cheira sempre a nós. Partilhamos histórias e rimos à parva na esquina, e ainda hoje ela é mais nossa do que de qualquer outra pessoa. Contavamos histórias enquanto fumavamos os incontornáveis cigarros do caminho até casa. Dançamos no Horagá, no 3A, no Bate-Papo, no TVD, no Living, no Faraó... Rimos, bebemos Bacardi e fomos felizes. Fazemos do Páteo a nossa casa, e contigo aquela casa ganhou mais sentido. Subiste a palmeira do Tunel e sorriste, eu fiquei a admirar a simplicidade da nossa felicidade. Somos felizes com pouca coisa, pensei eu, tantas e tantas vezes. Ás vezes achamos que não, mas na verdade a felicidade é uma constante na nossa amizade. Mesmo sem os girasóis, o azul, a efémera, o Hype, os 3 mosqueteiros e todas aquelas coisas que fazem parte da nossa vida. Mas tu estás ai. Eu aqui. E nós vamos estando juntas em qualquer lugar. Juntas.

dia internacional da mulher

As mulheres resistem, não há como humilhar-nos; somos sempre excessivamente belas, incansávelmente sobreviventes, e sabemo-lo. Maquilhamo-nos, dançamos sobre as folhas secas do Outono, amamos desesperadamente pelo prazer de nos sentirmos heróicas.

Queres saber um segredo? O mundo não tem sentido - e eu continuo aqui, não sei onde, à espera que alguma coisa aconteça. Porque as mulheres nunca se cansam de esperar que qualquer coisa aconteça, dirias tu, por isso envelhecem tarde. Ou, melhor dito, nascem velhas.

As mulheres trabalham para tudo, até para o amor. Exigem uma infinita construção de rituais, conversas, uma certa familiaridade com o mistério. São muito menos tolerantes com o imprevisível quotidiano e de uma extrema tranquilidade face às grandes desolações.
As mulheres demoram mais a apaixonar-se -- mas também resistem mais ao processo de desenamoramento.
Inês Pedrosa

março 07, 2007

só saudades

Voltei alguns anos atrás.

Ao tempo em que Torres Vedras era a cidade das aulas, e Santa Cruz a terrinha de uns fugasses dias de verão. Nesse tempo, a vida decorria ai, entre os limites de Benfica e do Linhó. Mais umas semanas na manção da Rocha, uns fins de semana na Salema ou na Quinta da Dádá, as férias do Natal em Serra Nevada ou Andorra, ou os dias no Luso ou na barragem de Castelo do Bode. Que mais poderiamos nós querer se nunca nos faltou nada?
Quatro crianças felizes. Eramos todos tão diferentes que nunca nos fartavamos uns dos outros. Eu era a mais presente, não dividia os fins de semana entre a mão e o pai. Mas era também a mais distante, a minha veia torreense ia sempre comigo e nem sempre ficava à porta. Nos anos em que fomos só quatro era tudo mais fácil. Nasceu uma amizade para a vida. E, como se de uma eternidade fosse, nasceu também o meu primeiro amor. E seguiu-se o primeiro beijo. E eu lia Tiago Rebelo (Para Ti, uma Vida Nova) só pela coincidência no nome: M.C. Mas o grupo foi crescendo, e a entrada do resto da juventude foi o passo maior para o nosso afastamento.
Na altura, Summer of 69 levava-nos ao rubro, acho que nunca soube bem porquê. E faziamos uma viagem Salema-Lisboa a ouvir sempre a mesma música - a letra dos Eagles ficou, ainda hoje a sei decor. Talvez a tenha guardado como recordação da queda propositada nas águas frias da barragem ou da falta de pontaria nos tiros às galinhas com a pressão de ar. Ou talvez só por guardar, como tantos outros momentos de uma boa época.
Ao longo dos anos fomos aprendendo e reaprendendo com as vitórias e as derrotas, as alegrias e os erros dos adultos. Ensinaram-nos um milhão de coisas. Poucas coisas batiam certo com o que aprendiamos londe dalí, mas nunca nos questionamos sobre isso. Era assim e pronto. "Há vidas mais baratas, mas não prestam" (D.V.) era o nosso lema de vida, e dava o mote aos alomoços tardios no Meco ou ás tardes de piscina no Linhó. Era tudo tão perfeito.
E hoje, tenho saudades de ti Linhó. Saudades da amizade que deixaste acabar. Saudades de um tempo que afinal nunca existiu. E ponho em causa toda a minha infância e juventude. Afinal, o que sempre me ensinaram, para vocês não passava de palavras. Os valores, a amizade, o amor. O que é isso afinal? Se vocês não sabem, como podemos nós, vossos disciplos saber? No meio de um grupo tão grande, eu continuei a acreditar. Por muito tempo. Talvez tempo de mais. Hoje, já não acredito.
Disseram-nos, durante tantos e tantos anos qua a amizade move montanhas. Agora sei que não. Mostraram-me vocês que quem comanda é a carteira. No meu tempo, a amizade não se contava em escudos, e as fotos das revistas era tema de última opção. Se voltasse hoje, não saberia viver com toda a subtileza da luxuria. Fui ensinada a viver bem. Não a viver como é de bem.
E, se ao fim de muitos anos, nos juntarmos todos (geração perdida) numa mesa de jantar (talvez no António, para ter mais sentido), espero encontrar ainda o meu lugar. E se no final não houver discussões e ninguém se chatear, prometo que nunca mais dúvido que tive a infância mais bonita do mundo.

Pupa

palavras para quê?





Amizade não tem fim.

bué bué longe... =)


Já chegamos?

março 06, 2007

tenho fases como a lua

Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário inventou para meu uso.
E roda a melancolia seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia, o outro desapareceu...

Lua Adversa, Cecília Meireles

março 05, 2007

Dejavú: 6ª f, 9 de Junho, 2006 - Páteo, Baile de Gala e TVD. Straworange e Lj.


Hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito
Nem que seja só pra te levar pra casa
Depois de um dia normal
Olhar teus olhos de promessas fáceis
E te beijar na boca de um jeito que te faça rir
(que te faça rir)
Hoje eu preciso te abraçar
Sentir teu cheiro de roupa limpa
Pra esquecer os meus anseios e dormir em paz
Hoje eu preciso ouvir qualquer palavra tua
Qualquer frase exagerada que me faça sentir alegria
Em estar vivo
Hoje eu preciso tomar um café,ouvindo você suspirar
Me dizendo que eu sou o causador da tua insônia
Que eu faço tudo errado sempre, sempre
Hoje preciso de você
Com qualquer humor, com qualquer sorriso
Hoje só tua presença
Vai me deixar feliz
Só hoje.

Jota Quest

Para ti, Mary. Nos teus encontros e desencontros. Entre o girassol e o azul.



Somos como os girassóis, um erro brilhante criado por Deus.

Devorador de Pecados

=)


março 02, 2007

Se tudo fosse tão simples.

Queria tanto ser feliz outra vez, que pus em causa toda a felicidade que tinha. Se tudo fosse tão simples. Ainda acreditava no Coelhinho da Páscoa. Mas já não faço dele o amigo fiel. Fieldade. Palavra traiçoiera. Fieis só mesmo as nossas mães. Adormeço em Torres Vedras e acordo em Cascais. A quimica entre os cafés torrenses e o sol da marginal mantêm acessa a chama. Quase pegou fogo! Se tudo fosse tão simples. Vivia sozinha e feliz num qualquer recanto da baia dos pescadores. A vista era o mar, o tecto o céu e tu já não cabias. Casa nova, vida nova! Seria tudo tão simples. Mudamos de ares, de vizinhos, de amores. Deixamos de ver as crianças a brincar no recerio da escola e ouvimos os passarinhos a volta do limoeiro. Deixamos de dizer "bom dia, Sr. João" para dizer "bom dia, R.C.". E ficamos com um sorriso para o resto do dia. Se tudo fosse tão simples.
Se os bons momentos do passado são para guardar, porque é que os maus se misturam também? Quero guardar tudo o que foi bom e mágico e especial. Mas as coisas más vêm mais facilmente à memória. Se tudo fosse tão simples. Já te tinha apagado da minha vida. E vivia agora feliz com tudo de bom que sempre tive ao meu lado e que por tua culpa fui deixando de dar valor.
No fim de contas, descubro que estou feliz... Só por estar. Afinal, os amigos são mesmo o mais importante. E aqueles que deixamos pelo caminho... Bem, esses são para reconquistar. Se tudo fosse tão simples. Eu nunca os tinha deixado partir.

fevereiro 28, 2007



Se os contornos da vida fossem a azul,
havia um girasol em cada virar da esquina.
Mas como a vida tem muitas cores, existem
muitas outras flores no final de cada estrada.
Havemos de encontrar a nossa.

mais uma do nosso mundo encantado e azul

Chorando se foi quem um dia so me fez chorar
Chorando se foi quem um dia so me fez chorar
Chorando estará, ao lembrar de um amor
Que um dia nao soube cuidar
Chorando estará, ao lembrar de um amor
Que um dia nao soube cuidar
A recordação vai estar com ele aonde for
A recordacao vai estar pra sempre aonde eu for
Dança, sol e mar, guardarei no olhar
O amor faz perder encontrar
Lambando estarei ao lembrar que esta amor
Por um dia, um istante foi rei
A recordação vai estar com ele aonde for
A recordação vai estar pra sempre aonde eu for
Chorando estará ao lembrar de um amor
Que um dia nao soube cuidar
Canção, riso e dor, melodia de amor
Um momento que fica no ar.

Na voz de
Ivete Sangalo