abril 26, 2012

hoje é assim

shopping hight na Mango do Fórum Aveiro, com 20% de desconto nas colecções Mango e H.E. By Mango, sessão de maquilhagem, aconselhamento com os especialistas da Mary Kay e cocktails Malibu made by me.

abril 23, 2012

isto não é um fashion blog

nem na moda nem na vida, existe certo ou errado. é melhor cometer um erro fundamental do que cair na mesmice mundial.

disse, e muito bem, Regina Guerreiro

apedrejem-me já em praça publica: eu não tenho facebook

pertenço a uma minoria, ando a descobrir que não é assim tão pequena, que não tem facebook. só ali no bar somos 5, num staff de 15. sou uma pacífica, não tenho mas não tenho nada contra quem tem. 
gabo-lhes a genialidade de serem a única empresa privada no mundo que vive às custas de quem tem uma página fb. é uma ideia brilhante, onde os trabalhadores não remunerados adoram o que fazem. mas não é para mim. não me apetece expor nada, venham lá essas frases mais que batidas de que cada um só expõe o que quer, que podes só expor para os teus amigos e mais ninguém vê, e tu é que sabes o que queres expor e blá blá blá. pois que eu não quero expor nada. e quando quero tenho este blog, que me dá espaço para o que eu quero partilhar e não me pede para aceitar convites de amizade, ou ver a foto da vizinha do lado em bikini numa praia qualquer, nem passa o dia a dizer-me que aquele amigo está farto da chuva, que a amiga foi ao cinema com o namorado, ou alguém está triste porque o periquito morreu. há coisas que não me apetece saber. e as cusquices lidas não têm a mesma graça que as ouvidas. e acaba-se por perder tanta conversa gira porque já se falou no fb. por isso escusam de procurar que eu não existo.
a Pipoca escreveu sobre o anónimo infeliz.
e eu, que tenho uns quantos anónimos infelizes na minha vida, apoio incondicionalmente.

abril 20, 2012

declaro oficialmente aberta

a época dos eventos.

hoje. no fizz beach bar de cacavelos. spring party. offley. liquid filipa. eheh.

se pudesse, hoje ia ser assim

só porque sim.

abril 16, 2012

a Julieta Jesus

a nossa mais querida "avó" morreu. morreu à 5 anos e só hoje é que me disseram. porque no meio de avisar tanta gente alguém se esqueceu de mim. ou então não esqueceram mas só tinham o outro número e a mensagem nunca chegou. penso nela todas as semana. desde o dia que soube da sua doença que pensava em visitá-la. mas tinha tanto medo, medo de chegar ao pé dela e ela não me reconhecer. foram muito anos de convívio, desde que a D. Ida me descobriu na 2ª classe e me convidou para a "roda das estrelinhas". foi o coro dos pequenos cantores, e depois o tutti quanti, e a camerata e a trupe. e fui eu que abandonei o barco, porque ninguém me abandonou a mim e tenho a certeza que fizeram o que podiam para me tentar demover. mas entre a noite e a musica, escolhi a primeira. porque dava mais dinheiro. porque estava no período estúpido que é a adolescência, e não media bem as consequências dos meus actos. não estou arrependida. sempre soube que a musica não era futuro para mim e nunca quis fazer profissão disso. o R. tinha esse sonho e fiz parte dele, e isso chegou para mim. sai na altura certa, quando tinha os dias cheios com jantares de amigos e noitadas de copos, e pouco tempo para ficar em casa sozinha a pensar no que tinha deixado para trás. não sei se foi saudade se foi só sentir falta daquilo depois de 10 anos a ensaiar 3 vezes por semana, mas um dia duvidei se teria tomado a decisão certa. porque me fazia falta gastar a musica toda que tinha dentro de mim. porque sentia falta daquelas pessoas, algumas que estavam na minha vida à anos demais, com quem vivi tantas coisas e que fizeram de mim aquilo que sou hoje. mas não me posso arrepender, porque guardo tanta coisa boa e sei que aquele fim foi o começo de outras tantas coisas boas. e ela esteve sempre lá. a avó Julieta fez parte de tudo. era a maestrina mais querida, que a D. Ida ralhava muito. era quem nos apoiava nos momentos piores, a que compreendia os nossos insignificantes problemas de meninas de 8 anos. era o laço doce daquela direcção, a leveza dos braços dela a dirigir as musicas diziam-nos isso. lembro-me tão bem daquele concerto quando lhe caiu o dente a meio da música. e nós, tão pequeninas, aguentámos até ao fim, contorcidas entre a vontade de rir e o profissionalismo de quem é menina de coro desde os 7 anos. acreditou sempre em mim. viu sempre em mim uma voz e uma presença que a fizeram lutar por mim até ao fim. levou-me, juntamente com a D. Ida, para a camerata quando eu nem idade tinha para entrar. e lutou contra aqueles que se opuseram por eu só ter 13 anos. e ganhou. e eu fiquei. porque o tutti quanti tinha acabado e elas acharam que era um desperdício eu não ter um coro para cantar, e para o da F. eu não ia de certeza. e o maestro gostou de mim e deu-me lugar de destaque. vivemos todo aquele caminho controverso que a camerata estava a passar, até ao dia de dizer adeus e criar a trupe. só nós. só aqueles que sabiam que o L.B.G. era um génio da musica e que todos os génios têm o seu feitio complicado, mas isso não lhes tira o mérito. e a trupe foi nossa, mesmo nossa, de todos nós. era o maestro que dirigia, mas éramos todos nós que remávamos contra a maré. e a favor dela quando a sorte apareceu do nosso lado. e a Julieta estava lá. e olhava sempre para mim e para vocês, uns aninhos mais velhos que eu e que também lá estavam desde inicio dos pequenos cantores, com um brilhosinho nos olhos de quem sabe que deu tudo o que tinha para nos dar. aprendi muito mais do que musica com ela. foi uma avó extra, que cuidou, ensinou e deu carinho. e eu gostava tanto. e o tempo passa a correr e quando damos por isso já não podemos voltar a trás. mas eu gostava, gostava de voltar só para dizer "gosto muito de si". e "obrigado", porque lhe disse tão poucos obrigados por tudo o que ela fez por mim.

abril 13, 2012

Lancel de mi corazon

a minha primeira paixão adulta por uma mala foi pelo saco preto da Lancel, aquele com os pespontos brancos e milhões de imitações por este mundo fora. mas eu gostava. eu amava mesmo. e tive a minha imitação, das boas, que herdei da mãezinha, usei e estimei durante anos. e lá continua no armário, com pouco uso nos últimos tempos, mas gostei tanto dela, hoje não sei se gosto tanto, que não me passa pela cabeça mandá-la fora. a moda vai e volta, e tudo o que já se usou vai voltar a usar, e acredito que aquele estilo de sacos vai estar outra vez na berra num futuro próximo. mas ao contrário do que acontece com outras marcas de luxo, neste caso só fã do modelo mas não da marca. a Lancel não costuma estar entre as minhas primeiras e há mesmo colecções que me passaram despercebidas. mas tenho que dizer que este verão os srs. esmeraram-se. opah é que foi mesmo. adoro quase todos os modelos, adoro as cores, o azul turquesa, o laranja, o amarelo mostarda, lindas. e a das riscas... a das riscas...
375€ cada (só??!!)
(para ai uns 399€. dá para comprar 2 candy bags. mas é linda na mesma)

abril 11, 2012

Ibiza, ir ou não ir?

não sou nem nunca fui menina de impedimentos, nem para os meus lados nem para o dos outros. e entre nós não há essa coisa do "só vais se eu for" que tanta gente diz, sem pensar que é meio caminho andado para condenar uma relação. também precisamos de espaço, dos nossos grupos de amigos separados, de noites dormidas longe um do outro e de férias para dar valor à saudade.
já assinei a autorização, ou termo de responsabilidade como vocês carinhosamente lhe chama, e até me ofereci de muito boa vontade para vos ir pôr e buscar ao aeroporto. namoradinha mais querida que tu tens.
vão, divirtam-se, embebedem-se até às tantas, mas mantenham os pés na terra e lembrem-se que todos vocês (ou quase todos) têm grandes mulheres à vossa espera em casa.

abril 10, 2012

sacrificios

sacrifício
s. m.

1. Oferta solene à divindade, em donativos ou vítimas. 
2. A morte de Cristo. 
3. A missa. 
4. Imolação de vítimas em holocausto. 
5. Abandono forçado ou voluntário daquilo que nos é precioso; renúncia. 
6. Abnegação; isenção. 
 
"é um sacrifício", disseste me tu. é um pouco mais que isso. é o estar a fazer uma coisa que não gosto, em vez de estar no baptizado de uma amiga. faltar a baptizados não é bem como faltar aos aniversários, não podemos dizer "deixa estar estou cá para o ano". foi um pouco mais que um sacrifício, fazer três noites seguidas aquilo que não se gosta, para o qual não se tem jeito e que não é a nossa função. não foi sacrifício, foi amizade. foi não te deixar na mão, quando outras pessoas o fizeram. foi gostar de ti e achar que não mereces. foi levar a sério um trabalho que muita gente acha que é brincadeira. sei que hás de dar valor a isso e percebas que não é só em leiria que tens amigas.

abril 05, 2012

caros srs. da furla

caros srs. da Furla, venho muito educadamente pedir que acabem com a linha candy bag. o meu querido namorado já me ofereceu uma no natal, tão cedo não volta a repetir a proeza, e o meu salário não me permite comprar uma mala dessas por mês, que era mais ou menos o que eu precisava para ter cada uma das cores deste verão que me deixam totally in love, começando já já pela cor de rosa que só é linda de morrer. pleeeease!

religião

não sou pessoa de religião. não acredito em deus nem nas histórias da bíblia. não vou à missa, não rezo nem sei rezar. não fiz a catequese, fui baptizada porque tinha de ser, mas não me interesso por nada que tenha a ver com o assunto. mas respeito. não consigo concordar nem compreender como gostaria, mas respeito. são escolhas, são opções de vida, e acredito que ter fé é uma acto de coragem que torna a vida mais fácil. é preciso força interior para se ter a capacidade de ter fé e acreditar num ser superior, no karma e no destino. acredito que quem tem vê a vida com outros olhos.
a igreja enquanto organização repugna me. dá-me a volta à barriga ver aqueles papas e seus escravos ou que raio é que são, com vestes debruadas a ouro e carros à prova de bala, enquanto em áfrica há tanta gente a morrer a fome. é a igreja a primeira a condenar, a apontar o dedo a quem erra e a quem não ajuda o próximo, e é a mesma igreja a última a ajudar esses próximos que tanto necessitam. peditórios na igreja? deixam-me doente. epah não consigo. não é para mim. 
por ter cantado tantos anos, e por ter andado no curso de guias, sinto-me bem dentro de igrejas. não pelo seu sentido e imagens religiosas, mas pela acústica, pelo esplendor e beleza arquitectónica que a maioria das nossas igrejas tem. e pelos orgãos, como o da igreja de dornes.
hoje em dia, há uma parte da minha família que só se vê nas igrejas, em casamentos, baptizados e funerais. e nos últimos anos só têm havido dos últimos. não há nascimentos, os casamentos estão a ser adiados ou postos de lado, e resta os enterros como reunião familiar. triste, mas verdade.
sábado vou estar na igreja onde tantas vezes cantei, a assistir ao baptismo de alguém que acredita no cristianismo (soube à pouco tempo não é baseado na vida de cristo mas sim na sua morte), que acredita que ser cristã é encontrar o seu caminho e a resposta às suas questões. a tua vida não tem sido fácil. e apesar do meu cepticismo, espero, espero mesmo, que a fé te traga a felicidade que te anda a escapar à demasiado tempo.  

abril 02, 2012