maio 29, 2007

Os pequenos grandes sustos tornam-nos mais fortes. As pequenas coisas da vida tornam-se insignificantes. O mundo de repende fica cor-de-rosa. E até o coração acalmar e o medo nos deixar dormir, é tudo muito subtil à nossa volta ao pé da sensação que foi. Ficamos pequeninos, seres sem o mínimo control da sua vida. Quando tiver de ser é. Não há nada que se possa fazer.
O que se aprende numa questão de segundos é surreal. Uma lição de vida. Quando se abre os olhos (ainda sem acreditar na sorte) percebe-se logo que tudo mudou.
Já não tenho medo nem sonhos maus. Já fecho os olhos sem me sentir às voltas. Mas ficou a marca. E hoje, quando passei ali pela primeira vez depois daquilo, senti-me gelada.
Telefonei-te porque precisava de ti. Porque preciso sempre. Não te queria assustar, mas precisava de ouvir-te para ter a certeza que estava tudo bem. E, como sempre, estavas ai para mim. Pensei em ti durante todos aqueles segundos em que o carro andou às voltas. Fiquei feliz por ainda estar aqui. Para ti.

maio 25, 2007

a vida pode fugir em segundos

Uma questão de segundos. Um medo inexplicável. Uma sensação de inutilidade. Deixei-me levar. Às voltas sobre a água. Agora, já não era comigo... Ouvia a chuva a bater com força nos vidros. Pensei que nunca mais ia poder ouvir este som. Nem outro qualquer. Nem ver mais nada. Nem sentir. Passou-se tudo em breves segundos. Não houve tempo para pensar. Lembrei-me de quem mais gosto. O sentimento era parecido ao da saudade, mas doia muito mais.
E, de repende, o estrondo. E tudo parou. Abri os olhos, e não sei se era alegria, ou alívio ou pânico. Não sou religiosa, nem nunca acreditei em entes superiores nem anjos da guarda. Mas acredito que algo ou alguém me protegeu. E em tão poucos segundos percebi na minha pele que a vida pode fugir quando menos esperamos.

maio 24, 2007

«Querida concha:
No mar existem muitas conchas. Umas mais bonitas e boas, e outras más e feias.
Procurei as conchas boas, mas não as encontrei. Estavam partidas ou riscadas. Cortavam.
Até que, um dia, a maré trouxe até mim uma concha. Colorida e transparente.

Essa concha abriu-se e eu sentei-me lá dentro. Para sempre”

O Guarda da Praia, Maria Teresa Maia Gonzalez

maio 23, 2007

na distância, caminhamos sempre ao lado dos que fazem falta


O melhor da nossa amizade é que mesmo fisicamente separadas, estamos sempre juntas. Separadas agora pelas nossas vidas académicas. Unidas, como sempre, pelas noites, pelos copos, pelos sorrisos, pelas músicas, pelos abraços, pelos olhares, pela cumplicidade. O melhor de cada uma de nós reflecte-se nas nossas conversas tontas, nos nossos momentos sérios, nos nossos baús do passado cheios de bons momentos. Continuamos a estar sempre, uma para a outra, nos bons e nos menos bons momentos, todos os dias. Mesmo com a distância que nos separa. Há sempre um telefonema, uma mensagem, um café para contar as cusquices e matar as saudades. Continuamos a ser StrawOrange.

maio 19, 2007

benção das fitas @ eshte

19.Maio.2007

Estou muito orgulhosa de ti, Ornelas. Como é bom ver-te vencer! Afinal, vences-te todos os obstáculos da tua vida. Mais uma vez, estás de parabéns.
Boa sorte. Ainda não é a despedida. Agora ainda é fácil. Dificil é pensar que um dia vou chegar a ESHTE e tu não vais estar... Mas terás sempre um lugarzinho especial no meu coração.

Um beijo,
da tua "Tafa Uefa"

maio 17, 2007

a fita amarela da Ornelas

Com toda a amizade e carinho que estes 3 anos nos permitem, há agora uma coisa que nos distingue às 3. É que a tua força (que durante tanto tempo parecia trémula) é realmente mais forte que a nossa. Chegaste ao fim de mais uma etapa. Praticamente sozinha, apesar dos amigos, da mãe, tu sempre te safaste bem sozinha. Estás de Parabéns! E nós, meras tontas que ainda estão no começo mas que te adoram, estamos cá para te ver vencer.
A fita era pequena, porque havia muito mais para escrever. Ou talvez não. Talvez sejam as coisas que não se sabem dizer, que ficam guardadas em nós, só para nós. As memórias de 3 anos. A mansão do Estoril. Assim, a vida universitária sabe bem. Aprender ganhou outro sentido, e esse devo-o também a vocês as 2, que souberam dar a volta às coisas más do passado. Mas nunca estamos sozinhas. E assim fica, sem mais palavras, pelo menos até sábado. Ansiosamente à espera de te ver. Gosto de nós, Trio. =)

maio 09, 2007

and the winer are...

Hoje reparei que ao fim de 3 anos ainda não acertamos com o 1 ou 2 beijinhos. Mas a nossa amizade é mesmo assim, assenta nos pilares da dinâmica e nunca cai em monotonia. E como tu estás a eshte disto tudo e eu não me entendo com as probabilidades do Engenheiro, não há Santo Escapulário que nos valha...
O que nos safa é mesmo a nomeação para melhor dupla do ano!! :)

maio 03, 2007

bolinhas e smiles

Voltámos às bolinhas... às bolinhas e aos smiles!!
StrawOrange de regresso à vitória na sueca.
Nunca é tarde para recuperar as coisas boas da vida! :)

maio 01, 2007

dias assim...

30 de Abril
Manhã de transito infernal. Chuva.
A correria para ir apresentar as "luzes", quando afinal é para sexta.
Teste de Direito a dividir por 4: mais calmo, mais seguro, nem por isso mais confiante. Há quem escreva muito. Quem procure muito. E quem espere pelas respostas.
Para desanuviar: almoço na Leitaria. (telefone a tocar pela 10ª vez) Não há cabidela. Que azar! Carne de porco à alentejana para duas, vitela para dois. 4 imperiais. (já alguém vos disse que comprimidos para dieta e anti-inflamatórios são para ser tomados com água?).
Tarde (supostamente hora da siesta) de correria. Bilha de gás, combustivel, restaurante, compras, croissants, correios, farmácia... Está tudo? (sem contar com os kiwis e os tomates, óbvio - tenta perceber, enquanto fazias de intérprete eu andava à caça dos melhores morangos!).
Só podia ser mais uma tarde assim, num daqueles dias em que as nossas 24h se multiplicam. Não quero que pares e penses. Quero que sorrias.
Casa. Lar doce lar. (telefone a tocar pela 56ª vez).
Restaurante (quase) garantido. Mercearia, pois claro!
Ela a caminho, porque Pikas & Bolota só funcionam no seu melhor com Ornelas.
01 de Maio
Mercearia Vencedora.
Marina de Cascais.
Mesa do fundo.
Sangria de champagne.
Telefone sempre a tocar (o melhor é um de nós ligar também).
Nos 27, ficam os sorrisos, as loucuras e os milagres mas, sobretudo, a amizade.