maio 30, 2008

maldade: capacidade inerente ao ser

não vamos culpar o álcool, nem a cor do cabelo, nem o diz-me com quem andas. todos temos o nosso q.b. de maldade dentro de nós. se somos grande parte dela ou se fazemos uso dela, isso já é cada um por si.
gostava de te poder dizer, Doce, que é só maldade. talvez fosse mais fácil de compreender. mas há também a inveja, a dor de cotovelo, o medo, o sentimento de inferioridade, a fraca auto-estima, a pouca capacidade para lidar com as opiniões dos outros. e tantas outras coisas que, às vezes, até eu que entendo defeitos, não consigo perceber.

amigos da coexistência

cinismo: s. m. impudência; descaro.

hipócrisia: s. f. fingimento; falsidade.

às vezes é preciso ter amigos destes por perto, para ser mais simples coexistir com aquelas pessoas que estão próximas, mas não são próximas.
fico grata a uma pessoa que me ensinou que, às vezes, a melhor solução é fazer-nos de parvas. cada vez te percebo mais.

maio 26, 2008

queria um pouco mais de

vida.


vende vida? sim, vida daquela com mais tempo, sem trânsito, sem mosquitos, com mais sol, com menos inveja, sem tanta maldade, com espaço para a diferença. sim, é tudo. espere, pode ser também um pouco mais de sinceridade. queria meio quilo, se faz favor.

maio 25, 2008

Na vida quem perde o telhado, em troca recebe as estrelas.

Tom Zé

maio 20, 2008

Não se ganha só quando se é o melhor do Mundo.

Rui Costa

maio 19, 2008

recantos encantados I

No concerto da Vida, silenciou
dos séculos a Voz estrangulada?
Levantam-se estas Pedras - e do nada,
a alma do Passado grita: "Sou!"


Dias da Costa
in: Marvão, Palavras e Olhares

maio 17, 2008

esconder para proteger

é anormalmente grande a quantidade de coisas que escondemos dos outros para nos protegermos de nós próprios ou para nos protegermos dos outros. mas também, e principalmente, para protegermos quem mais gostamos. olhos que não vêm, coração que não sente. torna mais simples a vida: não se diz o que nos custa dizer e não se magoa quem está a ouvir. e poupam-se discussões e chatices e lágrimas. às vezes, funciona.
mas como tudo na vida, a omissão acaba por ser descoberta no meio da conversa mais banal ou de uma arrumação mais superficial. ou vais a passar na rua e vês, ou ouves dizer, ou te contam a pensar que tu sabes. e tu ficas desconcertada, assustada, confusa, apática. não reages porque não sabes como reagir. as lágrimas invadem-te os olhos. a incredibilidade aperta-te o peito. como é que alguém nos pode ter escondido tal coisa?
mas nós não podemos obrigar ninguém a contar-nos seja o que for. cada um é livre de contar aquilo que quer, quando quer, a quem quer. às vezes não se conta porque se tem medo da nossa própria voz a dizê-lo. ou porque se pensa que a outra pessoa não tem o direito de saber ou porque se tem medo da reacção de quem nos vai ouvir. ou até, simplesmente, porque sim. é a nossa vida, as nossas decisões, e só partilhamos com quem se quer, com quem achamos que vale a pena. às vezes, porque a pessoa que mais tem o direito de saber, é aquela que menos queremos magoar, e por medo ou cobardia, seguimos em frente de mãos dadas com uma verdade que é só nossa e que não partilhamos com quem damos a outra mão.

maio 15, 2008

não há outra forma

Tu dizes que não há outra forma de ficarmos perto
Não há como saber se o caminho é o certo
Só pode voar quem arriscar cair

Só se pode dar quem arriscar sentir

Mafalda Veiga, Abraça-me Bem

maio 12, 2008

Ás vezes, quando os outros precisam da nossa ajuda, ficamos desesperados porque isto nos impede de aproveitar a vida. Outras vezes, quando ninguém precisa de nós, sentimo-nos inúteis.
Paulo Coelho

perdoem-lhes, senhores, que elas sabem o que dizem

maio 08, 2008

dizem que...

tenho ar de santinha, mas que depois, parto a louça toda.

(mas claro, tem de ser louça de boa qualidade)

maio 05, 2008

(des)casar: desafio superado

Ainda não sei se foi a plenitude que a tua voz proporciona, o arrepio que sobe pela espinha, se foi o orgulho de te ver. Ou, simplesmente, se foi ver-te a ultrapassar um remoinho que a vida fez questão de te por à frente. Eu não sei se seria capaz. Tu foste a força e a fé de que é possível seguir em frente. Entras-te de cabeça erguida, e nem as lágrimas derrubaram a voz. O vestido, a igreja, o altar - obstáculos superados. E uma saída em grande, de copo de champanhe na mão, para ganhar forças para voltar a arrumar o vestido e o passado. (Penha Longa, 19.04.2008)

a ti, Diva

Será que se eu te tivesse dado o shot naquela noite, nós seríamos o que somos hoje? Será que os nossos erros, um dia, não são os nossos elos de ligação mais tarde? Será que tudo o que passámos juntas nos torna mais fortes? Ou, simplesmente, nos torna mais unidas? Será que aprendemos com os erros uma da outra, ou são as nossas vitórias que nos fazem crescer? Partindo do ponto em que as nossas vidas não têm sido fácies, olhando para trás e vendo que sofremos tantas vezes pelas mesmas razões, sabendo que em tantas coisas nós pensamos e vivemos o mesmo, será que podemos começar de novo e, juntas, saber apagar fantasmas? Não acredito em destinos, nem em sacrifícios, nem em ocasiões, acredito em amizade e sei o poder que ela tem. Sei que, eu contigo e tu comigo deixa-nos sem espaço para o que não vale a pena. Somos um grande pedaço uma da outra. Dás trabalho sabias, mas se não fosses assim eras aborrecida!