abril 26, 2007

à menina da juba

Pensar que te vou ver 2ª feira, depois de todos estes anos é algo de fenomenal.
A nossa amizade sempre viveu na distância, no gelo do teu coração, nas palavras que não sabes dizer e nos silêncios de meses que sempre fui eu a quebrar. Mas em datas como esta, é bom saber que nunca te esqueces de mim.
Crescemos juntas num mundo que nem era teu nem meu, num mundo que hoje não existe (afinal, alguma vez existiu?). E soubemos sobreviver à falta de sentimentos e valores que desfez a nossa geração. Ao olhar a tua irmã tenho pena que ela não tenha vivido no mesmo mundo bonito onde crescemos, mesmo com toda a sua imperfeição (ainda acredito que ele existiu!).

abril 24, 2007

Nunca vi fazer tanta exigência
Nem fazer o que você me faz
Você não sabe o que é consciência
Nem vê que eu sou um pobre rapaz
Você só pensa em luxo e riqueza
Tudo o que você vê você quer

Ai Que Saudades da Amélia, Fundo de Quintal

abril 19, 2007

Os ares de Santa Cruz são mesmo especiais. E únicos, sem dúvida. Mas, mesmo assim, no meio de tanta brincadeira, gargalhada, conversa séria e shots, o Cantinho deixa saudades. E muitas.
Fazem-me falta as horas de inicio de noite. Os kalaches cheios de sentido. As moedas. Os stresses. As piadas no fim da noite.
O domingo fez-me mal. Foi como se ainda pertencesse aquele espaço. Senti falta. De vocês. Do Sonazol.
Guardei o cêntimo da sorte.

abril 16, 2007

"Do Outro Lado do Arco Íris" - Fado Filmes


O Noddy também encontrou o pote de ouro no final do arco-íris. Na Cidade dos Brinquedos o arco-íris também é mágico.
Mas o Carica foi mais corajoso porque de bicicleta é sempre mais difícil que de avião.

abril 15, 2007

dot.com

http://salvemonossosite.clix.pt/

DOT.COM, uma deliciosa comédia de Luís Galvão Teles. A história de Águas Altas, uma pequena aldeia no interior de Portugal que subitamente se torna num caso nacional quando uma multinacional espanhola pressiona os aldeões para fechar o site da aldeia, precisamente o mesmo nome de uma marca de águas que os espanhóis querem lançar no mercado. A partir daí gera-se uma grande divisão na aldeia: há quem queira manter o site para garantir a soberania nacional, mas há também quem queira tirar partido de uma possível compensação financeira.
Faz todo o sentido. A magia de Dornes. Mais um pedaço feliz da minha infância: a barragem, o barco, o ski. O centro náutico de Ferreira do Zêzere. O hotel e o restaurante da Sertã.
Vale a pena ver: http://aguasaltas.com/

abril 12, 2007

Mary_Strawberry & Orange_Pikas

"Uma gaja boa incomoda muita gente
duas gajas boas incomodam muito mais"

abril 11, 2007

a armadilha dos lugares-comuns

«Por que dás tanta importância à inveja?», perguntas-me, e depois acrescentas: «Sabes, quando ouço falar de pureza, tenho como que uma reacção alérgica. Parece-me que, no século que acaba de terminar, houve bastantes tentativas para instaurar mundos cheios de pureza, com resultados, digamos assim, catastróficos. Os nazis não queriam a "pura raça ariana"? E a nível menos trágico, mas, talvez por isso mesmo, mais irritante ainda, vêm-e à ideia as purezas ou as impurezas cochichadas nos confessionários. Não te sentes embaraçada ao pronunciar essa palavra?»
Como poderemos compreender-nos, entender-nos, dialogar, se o uso das palavras não é o mesmo? [...] Um ser humano qualquer decide que existem fronteiras, parâmetros, e que só quem está dentro dessas fronteiras ou desses parâmetros é que merece viver com todos os privilégios. Quem está fora pertence a formas seguramente inferiores. [...] A partir deste pressuposto, não tarda muito a estar-se convencido de que a vida de quem está excluído desse grupo não tem o mesmo valor que a vida de quem faz parte dele.
[...] Portanto, a dimensão do mundo, aquela a que nos referimos, é só uma, a da realidade e da sua finitude. As palavras e os conceitos, com os seus significados mais profundos, são restringidos a essa minúscula divisão. Apesar de o espaço ser claustrofóbico, movemo-nos lá dentro, convencidos de que estamos a definir o universo.
O Fogo e o Vento, Susanna Tamaro

adaptar-se à mediocridade?

Num mundo onde os únicos sonhos permitidos são os que se podem comprar, a felicidade passou a ser apenas um atributo da posse. A realização pessoal, que é - ou deveria ser - o caminho de qualquer vida, já só consiste perversamente na resignação e na sujeição. Realizo-me adaptando-me, executando os gestos dos outros sem nunca me interrogar. Relizo-me não me realizando, porque a sociedade não me permite mais nada, porque só tenho duas pernas, curtas, e não vejo asas a despontar em parte alguma do meu corpo. Mas será assim ou será apenas um álibi, uma forma de preguiça mental?
Basta parar por um instante e observar o mundo da natureza que nos rodeia para ver que tudo fala da gratuitidade inquietante, da fragilidade e da beleza das formas vivas.
Embora tentemos viver em caixas hermeticamente fechadas, o mistério resplandece à nossa volta e sugere-nos o caminho a percorrer. Não existe mediocridade, monotonia. O que existe é apenas o nosso medo. Medo de crescer, medo de nos abrirmos às emoções. Medo de descobrirmos que não há nenhuma jaula à nossa volta, que o que existe é apenas liberdade, ar. E se erguermos levemente os olhos, o espaço infinito do céu.
O Fogo e o Vento, Susanna Tamaro

abril 10, 2007

a liberdade de escolher

Lembras-te do final de Vai aonde te leva o coração? «E quando à tua frente se abrirem muitas estradas, {...} não metas por uma ao acaso, senta-te e espera. Espera e volta a esperar...» Sentarmo-nos, esperar. Duas palavras tão distantes do nosso consumo frenético do tempo! E já nem falamos de estar em silêncio. Mas são justamente estas as três condições que nos ajudam a escolher o melhor caminho. A imobilidade, a paciência, o silêncio. Porque, para se escolher, há que eliminar toda a tagarelice que nos rodeia, as formas correntes, banais, de pensar, os lugares e os modos da conveniência. Há que ir ao fundo de nós mesmos e escutar. Temos de ser capazes de esperar com paciência e humildade, porque a consciência profunda é tão esquiva como um animal selvagem e, muitas vezes, há outros apelos - vozes, conselhos, oráculos - que tentam abafá-la. E mais ainda, fazer uma escolha consciente - como já notaste com o teu «é tremendo recomeçar tudo do zero» - torna a vida mais difícil. Porque as escolhas constroem um percurso. Um percurso que se revela cada vez mais duro do que deixarmo-nos simplesmente levar pela corrente.
O Fogo e o Vento, Susanna Tamaro

tudo pode acontecer

Sorrio ligeiramente, olhando para o céu, sabendo que existe uma coisa que ainda não vos disse: acredito agora que os milagres podem acontecer.

Um Momento Inesquecível, Nicholas Sparks

abril 05, 2007

às cores :)

Gosto de saber que descobriste as outras cores do arco-iris.
O nosso mundo nunca foi a preto e branco e o candeeiro quando gira nunca pára no azul.


abril 04, 2007

abril 03, 2007

Os sonhos são os mesmos em todos os lugares.(I.P.) Ou talvez sejam mais na "nossa" casa. Na nossa lealdade inquebrável. Na nossa amizade sem igual. Nas nossas noites puras. Nos nossos sorrisos iguais. No teu azul. Nas minhas camadas. Nas cores do candeeiro. Nas pontas da cama. Na "nossa" varanda. Vamos voltar aos "velhos tempos". E que bons tempos foram! É bom ser feliz a teu lado. Em tua casa ou seja onde for. Como diria o Sr. das Pipocas às 6h da manhã: Amo você