maio 29, 2007

Os pequenos grandes sustos tornam-nos mais fortes. As pequenas coisas da vida tornam-se insignificantes. O mundo de repende fica cor-de-rosa. E até o coração acalmar e o medo nos deixar dormir, é tudo muito subtil à nossa volta ao pé da sensação que foi. Ficamos pequeninos, seres sem o mínimo control da sua vida. Quando tiver de ser é. Não há nada que se possa fazer.
O que se aprende numa questão de segundos é surreal. Uma lição de vida. Quando se abre os olhos (ainda sem acreditar na sorte) percebe-se logo que tudo mudou.
Já não tenho medo nem sonhos maus. Já fecho os olhos sem me sentir às voltas. Mas ficou a marca. E hoje, quando passei ali pela primeira vez depois daquilo, senti-me gelada.
Telefonei-te porque precisava de ti. Porque preciso sempre. Não te queria assustar, mas precisava de ouvir-te para ter a certeza que estava tudo bem. E, como sempre, estavas ai para mim. Pensei em ti durante todos aqueles segundos em que o carro andou às voltas. Fiquei feliz por ainda estar aqui. Para ti.

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