abril 05, 2012

religião

não sou pessoa de religião. não acredito em deus nem nas histórias da bíblia. não vou à missa, não rezo nem sei rezar. não fiz a catequese, fui baptizada porque tinha de ser, mas não me interesso por nada que tenha a ver com o assunto. mas respeito. não consigo concordar nem compreender como gostaria, mas respeito. são escolhas, são opções de vida, e acredito que ter fé é uma acto de coragem que torna a vida mais fácil. é preciso força interior para se ter a capacidade de ter fé e acreditar num ser superior, no karma e no destino. acredito que quem tem vê a vida com outros olhos.
a igreja enquanto organização repugna me. dá-me a volta à barriga ver aqueles papas e seus escravos ou que raio é que são, com vestes debruadas a ouro e carros à prova de bala, enquanto em áfrica há tanta gente a morrer a fome. é a igreja a primeira a condenar, a apontar o dedo a quem erra e a quem não ajuda o próximo, e é a mesma igreja a última a ajudar esses próximos que tanto necessitam. peditórios na igreja? deixam-me doente. epah não consigo. não é para mim. 
por ter cantado tantos anos, e por ter andado no curso de guias, sinto-me bem dentro de igrejas. não pelo seu sentido e imagens religiosas, mas pela acústica, pelo esplendor e beleza arquitectónica que a maioria das nossas igrejas tem. e pelos orgãos, como o da igreja de dornes.
hoje em dia, há uma parte da minha família que só se vê nas igrejas, em casamentos, baptizados e funerais. e nos últimos anos só têm havido dos últimos. não há nascimentos, os casamentos estão a ser adiados ou postos de lado, e resta os enterros como reunião familiar. triste, mas verdade.
sábado vou estar na igreja onde tantas vezes cantei, a assistir ao baptismo de alguém que acredita no cristianismo (soube à pouco tempo não é baseado na vida de cristo mas sim na sua morte), que acredita que ser cristã é encontrar o seu caminho e a resposta às suas questões. a tua vida não tem sido fácil. e apesar do meu cepticismo, espero, espero mesmo, que a fé te traga a felicidade que te anda a escapar à demasiado tempo.  

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