fevereiro 25, 2008

gosto tanto de ti

mas continuo a fugir de ti.


dá-me espaço, dá-me tempo. dá-me porque eu também te daria a ti. percebe, sozinha, que cometes erros. bolas, não há mal nisso se os admitires. tenta entender que o mundo não gira à tua volta. eu giro por ti, sempre que precisas. mas miúda, não giro para ti. não és a única pessoa da minha vida, e não posso, nem quero, andar com a vida ao sabor das tuas necessidades, dos teus quereres, das tuas razões. porque às vezes tu não tens razão. não admites, eu sei, mas isso não te dá mais razão, pelo contrário. e é por não admitires, por não pedires desculpa (evitam-se, mas quando se erra é a melhor opção) que te fujo. e fujo a uma velocidade louca e sem dares por isso. à quanto tempo não vamos almoçar juntas, à quanto tempo não te dou um abraço? sabes? e sabes que continuo a gostar de ti como sempre? se soubesses, talvez não viesses ter comigo com beijinhos e mininhos e perguntas e pedidos e favores. talvez viesses bruta e fria e me convidasses para almoçar. e provavelmente o almoço ia correr mal, iamos ficar chateadas por uns dias, iamos gritar uma com a outra, cada uma com a sua razão. mas talvez, uns dias depois disso, eu iria fazer a mala e mudar-me ai para casa por uma noite que fosse. iamos matar as saudades e no dia seguinte enviava-te a nossa mensagem do "lov u". mas tu não me vais convidar para almoçar tão depressa e, se convidares, não vai ser com essa intensão. porque tu não me percebes apesar de me conheceres bem. um dia destes vamo-nos encontrar numa mesa para jantar ou a fazer algum trabalho (apesar das manhas, acabamos por ficar juntas) e no meio da conversa vais me dizer que eu estou estranha contigo. e ai, se "a panela" já estiver despejada, talvez eu te diga que por mais que goste de ti, um "desculpa" cai sempre bem.

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