não tenho muitos amigos como tu, nem amizades de tantos anos em que nunca tenha havido a mais pequena discussão. tenho a certeza que o passar de mais tantos anos como aqueles que em pouco nos vimos, não torna a nossa amizade mais fraca. pela segunda vez unimos as nossas tão diferentes maneiras de pensar, apesar de tu teres mudado bem mais do que eu, e pela segunda vez provamos (a nós próprios porque aos outros não importa) que não temos horizontes e quem não os tem, vai longe. já me tinhas tentado ensinar isso, mas na altura eu era demasiado nova, demasiado tonta e demasiado iludida para crer que havia gente com mais razão do que tu. a confiança sempre foi um ponto forte na nossa amizade. a minha seriedade e o meu mau feitio são apenas defeitos e virtudes, e tu sabes tão bem o que fica para lá disso tudo.
setembro 24, 2009
setembro 22, 2009
setembro 18, 2009
queres falar sobre isto?
tudo muda, onde menos esperamos. e um dia, questionamos-nos se somos nós que estamos mal. eu prefiro estar mal, e sei que tu também. prefiro ser anti-social, não me chateia estar fora das piadas nem quero saber. gosto do nosso cantinho longe da "molhada". longe daquele mar de gente que se estorva e atrapalha, que não sabe que bacardi é rum, que agita as caipirinhas sem a cachaça, que faz shots intragáveis e enormes. gosto dos nossos momentos de crítica como as velhinhas das aldeias a comentarem a vida das pessoas à porta de casa, das trocas de olhares que fazemos quando nos deparamos com os tantos disparates daqueles seres vindo do outro mundo, ou melhor, da outra margem, bimbos, pirosos e com a mania.
prefiro estar de parte, ser condenada por isso. prefiro que se unam contra nós do que unir-me a eles. não sou, não quero ser como eles. não. e sei que não nos calamos, que criticamos tudo e todos, por tudo e por nada. mas é preferível falar do que engolir aquilo que nos rodeia, não vá morrermos de riso. não topo má educação, não tolero que "cresçam" sem razão, e temos pena, mas no meu bar quem manda sou eu.
prefiro os nossos decotes e mini-saia comedidos, que gostamos e com os quais nos sentimos bem, do que os outros abusivos, conjugados com sabrinas da bw e perneiras de lã. e ficamos pelos cocktails com sagatiba, enquanto as outras tiram fotos com as cuecas à mostra. e sim, elas até podem vender bem, mas saber, não sabem.
e sei que às vezes sou má, que não se oferece shots aos colegas só porque sobrou, mas a sinceridade não merece castigo. e a minha atitude foi o mote para descobrimos que afinal, apesar da pirozisse, ele não é tanto como os outros e a simpatia não lhe é uma coisa estranha. salva-se o j., que quer ser nosso amigo e como tu dizes "já faz parte do gang".
alinhei nesta aventura por um amigo, e apesar de umas tantas ou quantas chatices, houve gargalhadas demais para compensar o esforço. e se um dia nos cruzarmos no futuro, eles vão continuar a ser quem são porque nunca vão chegar a lado nenhum, enquanto nós já chegamos. e temos pena, mas não me vendo por um cd. ainda por cima riscado na única musica decente!
agosto 26, 2009
o egoísmo pessoal, o comodismo, a falta de generosidade, as pequenas cobardias do quotidiano, tudo isto contribui para essa perniciosa forma de cegueira mental que consiste em estar no mundo e não ver o mundo, ou só ver dele o que, em cada momento, for susceptível de servir os nossos interesses.
José Saramago
agosto 14, 2009
tens tanta razão :)
se fores chata, as tuas amigas perdoam
se fores agressiva, as tuas amigas perdoam
se fores egoísta, as tuas amigas perdoam
se fores magra e linda... estás lixada.
se fores agressiva, as tuas amigas perdoam
se fores egoísta, as tuas amigas perdoam
se fores magra e linda... estás lixada.
piadas de mau gosto
- é de familia.
- pois é, vocês têm os mesmos genes.
às vezes perdemos a oportunidade que a vida nos dá de ficarmos calados. é pena.
- pois é, vocês têm os mesmos genes.
às vezes perdemos a oportunidade que a vida nos dá de ficarmos calados. é pena.
agosto 12, 2009
um adeus para a cidade maravilhosa
fazes-me falta.
queria estar mais feliz por ti, mas há quem ponha a hipótese de não quereres voltar e isso não me entra na cabeça. nem que te vá buscar por uma orelha. e nem te atrevas a aparecer-me aqui de anel no dedo ou barriga grande, porque há coisas que não suporto que faças longe de mim.
julho 30, 2009
dias de azar 2 (porque um azar nunca vem só)
ao fim de um cansativo dia de trabalho. e com uma noite longa de trabalho à nossa espera. chegamos a casa, estacionamos o carro em frente ao prédio. como todos os dias. vamos para casa descansar. alguém nos liga: "bateram-te no carro". o sangue ferve. descemos a correr, chamamos nomes ao elevador por demorar tanto. vemos um carro a cair aos pedaços espetado contra a traseira do nosso carro (que, por acaso, saiu da oficina à pouco mais de um mês). e percebemos que o idiota parou o carro e não o engatou, e o carro desceu a rua sozinho e veio bater no nosso porque, por acaso, era o mais comprido do estacionamento. ouvimos o homem falar, e ficamos ainda mais irritados porque não é português. não o deixamos entrar dentro do seu carro porque tem pinta de quem não tem seguro e vai fugir. por sorte, até tem. e por acaso, até é ao lado da nossa casa. vá lá!
dias de azar
procuramos uma casa. encontramos a casa dos nossos sonhos. e com um preço acessível. levamos a família e os amigos, todos gostam, todos concordam. vamos comprar. pagamos a entrada. mudamo-nos. e ao fim de meia dúzia de dias, descobrimos que a casa nova, construida recentemente, num condomínio eco, cheio de mariquices e perlimpimpins, afinal não tem tão boa construção, afinal já tem inundações e não queremos, de todo, comprar uma casa assim. por sorte, porque não pode ser tudo azar, ainda não fizemos a escritura e, com mais sorte, o sr. que nos enganou vai ser obrigado a devolver a entrada visto que a honestidade não faz parte das suas qualidades.
julho 17, 2009
julho 06, 2009
maio 26, 2009
maio 21, 2009
em época de mudança, sempre e nunca são palavras proibidas
ás vezes, dizemos o dito pelo não dito. e o que sai é disparate. nunca medi tanto as palavras, não vá alguma matar-me de arrependimento.
maio 14, 2009
abril 25, 2009
hoje sei com toda a certeza
que não posso controlar as circunstâncias da minha vida,
mas posso controlar a minha atitude perante elas.
abril 20, 2009
porque é óptimo ser mulher
podemos vestir cor-de-rosa sem levantar suspeitas sobre a nossa sexualidade.
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não temos de nos sujar a mudar um pneu, porque, a menos que seja no deserto, há sempre um homem que faz esse trabalho por nós.
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os nossos sexy-toy são mais eficazes e discretos que as bonecas insufláveis.
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a camisa dele dá-nos um ar muito sexy, mas o inverso não é verdadeiro...
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os orgamos múltiplos são possíveis.
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uma mulher baixinha pode usar saltos altos sem ser gozada.
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não recebemos meias no natal.
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não fica mal dizer que não conseguimos sintonizar a tv cabo.
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entramos fácilmente em qualquer discoteca da moda.
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podemos escapar a uma multa fazendo olhinhos ao polícia.
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ocupamos o roupeiro quase todo sem sermos recriminadas por isso... bom, só um bocadinho.
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com um batom novo sentimo-nos prontas para conquistar o mundo!
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o george clooney prefere as mulheres.
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o johnny deep também.
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e o nosso namorado também!
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trocar de roupa com amigas não é considerado um comportamento estranho.
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basta-nos comprar uns sapatos novos para ficarmos de bom humor.
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há sempre hipótese de, na neve, o nosso instrutor nos carregar os esquis no final do dia.
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sabemos sempre como dar a volta a um homem, mas eles só nos dão a volta quando nós queremos... ou quase.
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basta um pouco de charme e qualquer homem faz aquilo que lhe pedimos (quase todos...)
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viramos a cabeça deles quando vestimos uma minisaia.
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viramos a cabeça deles quando usamos um wonderbra.
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viramos a cabeça deles quando usamos saltos altos...
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quando vemos uma amiga damos-lhe beijos e abarços e não encontrões e murros "amigáveis".
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somos capazes de estourar o cartão de crédito nas compras e ainda assim olhar para o armário e dizer "não tenho nada para vestir!"
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num só dia podemos chorar, rir, perder as estribeiras e, como se nada fosse, ficar felizes.
in revista Cosmopolitan, Maio 2009
abril 16, 2009
shots de licor beirão com sumol de ananás: um brinde à amizade
uma amizade não se mede na quantidade de anos. mas sim na qualidade dos momentos.
abril 15, 2009
abril 08, 2009
sem moral da história porque a ética (ainda) não está na moda
cada dia aprecio mais tudo o que é desprovido de moral e moralismos, de happy-ends, de histórias verídicas ou baseadas em casos reais. já me chega o quotidiano. quero arte desprovida de conteúdo, despretensiosa, que me faça levantar os pés do chão, e me permita trazer um pedaço de si comigo. quero quadros surrealistas. decorações minimalistas. filmes impossíveis que não expliquem coisa nenhuma. livros cheios de personagens que não se pareçam em nada com pessoas normais, que façam coisas transcendentes para o bem e para o mal, sem serem premiados ou castigados por isso. quero peças de teatro que me façam rir até me doerem os abdominais, que não contem história nenhuma, nem tenham a seriedade dos actores que não se riem em palco. se isto são futilidades, não sei. mas gosto.
abril 07, 2009
as obras completas de william shakespeare em 97 minutos
um estado sublime de energia e boa-disposição. é para repetir.
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abril 01, 2009
por ser dia: mentira para contar a turistas
Todos os anos há em Lisboa um concurso de Roupa Estendida na Corda. O Turista terá já reparado, com certeza, que muitos lisboetas parecem licenciados em Técnicas e Práticas de Estendais. Há os que usam molas todas da mesma cor, os que gostam da roupa em degradé, os que alternam roupa branca com roupa de cor. As candidaturas fazem-se até fins de Março e o concurso está marcado para Abril e Maio. O vencedor ganha um ano de molas gratis.
in revista Time Out, 25 de Fevereiro
março 31, 2009
março 26, 2009
março 19, 2009
e quando se perde a oportunidade de estar calado...
no espectro da anormalidade, eu não sei onde é que tu te situas.
março 18, 2009
10 minutos chegam para 30 gargalhadas e meia
gostava de lavar as minhas mãos de ti e ponto final parágrafo. não por não gostar de ti eternamente, mas porque me cansas e eu juro, mas juro mesmo, que às vezes, não sei o que fazer contigo. mas condenas-me a passar os dias à espera de um telefonema, de um jantar, de uma tarde nas compras, e a uma distância sem remédio (desculpa esfarrapada esta do espaço que nos separa!). quero-te para o resto da minha vida e mais um dia, porque as tuas gargalhadas barulhentas são uma fonte de energia e boa disposição.
março 17, 2009
março 11, 2009
"eu nasci sob circunstâncias pouco usuais"
não há durante todo o filme uma explicação, ou tentativa sequer, do fenómeno da inversão cronológica. como quem nos diz: apesar de impossível, acreditem ou não, isto é assim, porque sim. é um filme que pouco ou nada de novo nos mostra, e é precisamente essa postura despretensiosa que o torna uma obra soberba. é uma forma subtil de nos levar até ao que dura para além do tempo, de nos fazer questionar a noção do estranho. uma viagem pela vida e pela morte, com passagem pelo amor e os sacrifícios que advêm deste. sem chegar ao lamechas rídiculo dos romances ou à ironia das comédias, defino este filme como um drama para sorrir.
fevereiro 11, 2009
fevereiro 09, 2009
fevereiro 05, 2009
almoço a três
diria que não podia ser mais tranquilo e proveitoso um almoço demorado quando nos tornamos na consciência uns dos outros. por nos revermos uns nos outros através das nossas diferenças. e não há saudades que destruam amizades assim.
triatlo moderno by V.A.
levantamento do garfo,
arremesso da beata
e natacinha.
muito útil no mundo do marketing.
arremesso da beata
e natacinha.
muito útil no mundo do marketing.
fevereiro 02, 2009
janeiro 29, 2009
espumante e pepino para comemorar os recursos
ao fim de 5 anos, dos mesmos erros, das mesmas cadeiras por fazer, da confiança nos auxiliares de memória e na nossa fama naquela faculdade, ainda trocamos o desânimo por um jantar a duas, uma sangria de espumante, um sushi delicioso e gargalhadas por tudo e nada. é por isto que a nossa amizade resulta tão bem.
janeiro 20, 2009
janeiro 18, 2009
janeiro 15, 2009
ao final das noites, quando olhas da cabine para o meu bar quase arrumado e sorris,"esta é para ti"
AC/DC, You Shook Me All Night Long
janeiro 14, 2009
janeiro 07, 2009
janeiro 02, 2009
"Sem Radar", LS Jack
ao Morango, que plantou girassois e colheu arco-íris. à esquina que guarda os nossos segredos. às palavras que não precisamos de dizer porque um olhar basta.
"Ave Maria" de Schubert, na voz de Pavarotti
à Diva, e ao fim que demos aos dias menos bons. ao direito de ser feliz. ao fim do ano que ficou e ao melhor começar do novo. a nós e ao que somos na vida uma da outra.
"Begging you", Madcon
à Tati, porque a vida é cheia de voltas e cambalhotas.
à Pequenina, porque depois da tempestade vem o sol.
à Grande, porque os dias acabam e voltam a nascer.
à Lú, porque as cores da vida são as que nós pintamos.
à Condessa, porque tudo acaba bem quando se quer.
à Lota, porque a vida é feita de asneiras e vitórias.
ao Tato, porque os piores namorados são os melhores amigos.
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