março 30, 2007
março 28, 2007
"Fazes-me Falta", Inês Pedrosa
Quando te conheci vivia um período apático. Um dos poucos períodos apáticos da minha vida.
março 24, 2007
o que fica na despedida
Na despedida, ficam os bons momentos.
Ficam os 3 anos de lutas e vitórias.
Fica o 1º dia, e fica antes dele, até.
Ficam os que por lá passaram, que foram tantos. Ficas em especial tu, minha dupla imbatível.
Ficam os banhos, os shots, as lições de caipirinhas, as botijas de gás, as cadeiras, as fotos, as músicas, os apertões, as amizades, as lágrimas, os sorrisos, o Bacardi, a Vodka, o Famouse...
Os momentos menos bons ficam também. Superamos o impossível! Afinal, batemos todos os records em tempos de crise.
é mais um record hoje?
Hoje, a última. Desta vez, é mesmo a última.
Lição de 3 anos: acreditar sempre, nunca desistir.
março 22, 2007
março 20, 2007
está a nevar :)
A pradollano e os borreguiles tão branquinhos.
http://www.sierranevada.es/En%20Pista/WEB%20C%20A%20M%20S
Que enorme vontade de pegar na Vito e fazer 500 km com vocês só pelo prazer que é voar sobre aquele manto branco... Há coisa mais bonita?
março 19, 2007
falta de (in)certeza
Arrebatada por uma falta de incertezas. Incertezas essas que são o sonho e o risco daquilo a que chamo vida. No meio de tantas (e tão poucas) certezas, fico-me pela certeza de que estou onde devia estar. E que caminho para onde me levas. Habituei-me a uma vida cheia de incertezas. Vivi sempre na realidade (ou ilusão) que o importante é ter a certeza do que não quero, mesmo sem a minima ideia do que quero. Estranha forma de vida esta.
Hoje, dou por falta das incertezas. E nada do que tenho é certo. Falta a incerteza de saber se estás ai ou não (estás e pronto!). Falta a vontade das coisas novas, a incerteza de como elas serão. A certeza hoje é de viver tudo, o que é novo ou velho, no meu mundinho feliz (encantado e azul por também ser vosso). Na verdade, neste momento que é o agora, tudo é certo e tão certo é também que tudo que vai deixar de o ser. Fico-me então pela mais bonita certeza, em toda a sua imperfeiçao: com vocês por perto, certo é tudo aquilo que eu quiser.
março 14, 2007
questão retórica: o que é a paixão?
A paixão faz a pessoa deixar de comer, dormir, trabalhar, estar em paz. Muita gente fica assustada porque, quando aparece, derruba todas as coisas velhas que encontra. Ninguém quer desorganizar o seu mundo. Por isso, muita gente consegue controlar essa ameaça, e é capaz de manter de pé uma casa ou uma estrutura que já está podre. São os engenheiros das coisas superadas. Outras pessoas pensam exactamente o contrário: entregam-se sem pensar, esperando encontrar na paixão as soluções para todos os seus problemas. Depositam na outra pessoa toda a responsabilidade pela sua felicidade, e toda a culpa pela sua possível infelicidade. Estão sempre euforicas porque algo de maravilhoso aconteceu, ou deprimidas porque algo que não esperavam acabou por destruir tudo. Afastar-se da paixão, ou entregar-se cegamente a ela - qual destas duas atitudes e a menos destrutiva? Nao sei.
março 13, 2007
o trio: Pikas, Bolota & Ornelas
março 10, 2007
Óh céus!! Olha acontece...!
março 08, 2007
a especialidade do dia
dia internacional da mulher
Queres saber um segredo? O mundo não tem sentido - e eu continuo aqui, não sei onde, à espera que alguma coisa aconteça. Porque as mulheres nunca se cansam de esperar que qualquer coisa aconteça, dirias tu, por isso envelhecem tarde. Ou, melhor dito, nascem velhas.
As mulheres trabalham para tudo, até para o amor. Exigem uma infinita construção de rituais, conversas, uma certa familiaridade com o mistério. São muito menos tolerantes com o imprevisível quotidiano e de uma extrema tranquilidade face às grandes desolações.
março 07, 2007
só saudades
Voltei alguns anos atrás.
Ao tempo em que Torres Vedras era a cidade das aulas, e Santa Cruz a terrinha de uns fugasses dias de verão. Nesse tempo, a vida decorria ai, entre os limites de Benfica e do Linhó. Mais umas semanas na manção da Rocha, uns fins de semana na Salema ou na Quinta da Dádá, as férias do Natal em Serra Nevada ou Andorra, ou os dias no Luso ou na barragem de Castelo do Bode. Que mais poderiamos nós querer se nunca nos faltou nada?
Quatro crianças felizes. Eramos todos tão diferentes que nunca nos fartavamos uns dos outros. Eu era a mais presente, não dividia os fins de semana entre a mão e o pai. Mas era também a mais distante, a minha veia torreense ia sempre comigo e nem sempre ficava à porta. Nos anos em que fomos só quatro era tudo mais fácil. Nasceu uma amizade para a vida. E, como se de uma eternidade fosse, nasceu também o meu primeiro amor. E seguiu-se o primeiro beijo. E eu lia Tiago Rebelo (Para Ti, uma Vida Nova) só pela coincidência no nome: M.C. Mas o grupo foi crescendo, e a entrada do resto da juventude foi o passo maior para o nosso afastamento.
Na altura, Summer of 69 levava-nos ao rubro, acho que nunca soube bem porquê. E faziamos uma viagem Salema-Lisboa a ouvir sempre a mesma música - a letra dos Eagles ficou, ainda hoje a sei decor. Talvez a tenha guardado como recordação da queda propositada nas águas frias da barragem ou da falta de pontaria nos tiros às galinhas com a pressão de ar. Ou talvez só por guardar, como tantos outros momentos de uma boa época.
Ao longo dos anos fomos aprendendo e reaprendendo com as vitórias e as derrotas, as alegrias e os erros dos adultos. Ensinaram-nos um milhão de coisas. Poucas coisas batiam certo com o que aprendiamos londe dalí, mas nunca nos questionamos sobre isso. Era assim e pronto. "Há vidas mais baratas, mas não prestam" (D.V.) era o nosso lema de vida, e dava o mote aos alomoços tardios no Meco ou ás tardes de piscina no Linhó. Era tudo tão perfeito.
E hoje, tenho saudades de ti Linhó. Saudades da amizade que deixaste acabar. Saudades de um tempo que afinal nunca existiu. E ponho em causa toda a minha infância e juventude. Afinal, o que sempre me ensinaram, para vocês não passava de palavras. Os valores, a amizade, o amor. O que é isso afinal? Se vocês não sabem, como podemos nós, vossos disciplos saber? No meio de um grupo tão grande, eu continuei a acreditar. Por muito tempo. Talvez tempo de mais. Hoje, já não acredito.
Disseram-nos, durante tantos e tantos anos qua a amizade move montanhas. Agora sei que não. Mostraram-me vocês que quem comanda é a carteira. No meu tempo, a amizade não se contava em escudos, e as fotos das revistas era tema de última opção. Se voltasse hoje, não saberia viver com toda a subtileza da luxuria. Fui ensinada a viver bem. Não a viver como é de bem.
E, se ao fim de muitos anos, nos juntarmos todos (geração perdida) numa mesa de jantar (talvez no António, para ter mais sentido), espero encontrar ainda o meu lugar. E se no final não houver discussões e ninguém se chatear, prometo que nunca mais dúvido que tive a infância mais bonita do mundo.
Pupa
março 06, 2007
tenho fases como a lua
Lua Adversa, Cecília Meireles