janeiro 12, 2011

foi mais ou menos à dois anos atrás que os benditos senhores que me deram vida entraram em declínio sem volta, e decidiram ir cada um para seu lado. feliz da vida por essa tardia decisão. e eu, sem nada querer ter a ver com isso, decidi-me a ficar na minha alegre casinha. contigo. acontece que acabamos por vender a casa por uma boa proposta e lá fomos nós (eu um pouco contrariada) viver um aninho para o Barro. dei por mim, em dias vazios, a pensar se não teria sido uma decisão precipitada. afinal, nem foi sequer uma decisão, foi uma consequência dos factos: fiquei sem casa, não queria viver com os papás e seus apêndices (carinhosamente falando), e como eras meu namorado, acabaste por ser tu a ter de gramar comigo em tua casa por causa das circunstâncias. e nunca te senti nenhuma indecisão, pelo contrário, sempre te mostraste sorridente com os factos e isso acalmou-me as incertezas.
passados dois anos de convivência diária, e o quanto eu gosto disso (mesmo quando te ralho porque sujas, porque não ajudas, porque desarrumas, porque só cozinhas massa com salsichas, cogumelos e natas), acabei por me tornar uma cozinheira de categoria (média, vamos ser humildes) mas não sou, de todo, uma dona de casa por vocação. nem tenho pretensões.

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